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Investigado por desvios na saúde, Edmar Santos deixa o governo Witzel

Governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), deverá ser ouvido pela Polícia Federal nos próximos dias - Divulgação - ASCOM/GOVERNO DO RIO DE JANEIRO
Governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), deverá ser ouvido pela Polícia Federal nos próximos dias Imagem: Divulgação - ASCOM/GOVERNO DO RIO DE JANEIRO

28/05/2020 23h51

O governo do estado do Rio confirmou hoje à noite que Edmar Santos pediu exoneração ao governador Wilson Witzel do cargo de secretário extraordinário de ccompanhamento da covid-19.

Santos foi nomeado após deixar o cargo de secretário de Estado da Saúde e era investigado por desvios na construção de hospitais de campanha e na compra de respiradores para equipar as unidades de saúde. Com a decisão, Santos perde o foro privilegiado.

Como secretário extraordinário de acompanhamento da covid-19, Santos era responsável por gerir o conselho de notáveis, formado por especialistas e professores universitários e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que discutiam as ações de combate à pandemia no estado.

Ontem , por decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio, a juíza Regina Chuquer determinou o afastamento de Edmar Santos do cargo de secretário extraordinário de acompanhamento da covid-19.

Na decisão, a juíza disse que apesar de responsabilidade e livre escolha do governador na nomeação de membros do secretariado, "essa discricionariedade não é um cheque em branco".

Segundo Regina, a nomeação de Edmar Santos após as denúncias de corrupção dentro da secretaria não cumprem os princípios constitucionais de moralidade e probidade administrativas.

O governo do estado informou ontem que cumpriria a determinação da Justiça, mas que recorreria da decisão.