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Rio pode manter uso obrigatório de máscaras em locais fechados

Capital atingiu 71,1% da população imunizada com duas doses - Tânia Rêgo /Agência Brasil
Capital atingiu 71,1% da população imunizada com duas doses Imagem: Tânia Rêgo /Agência Brasil

10/11/2021 15h18

Os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) atualizados hoje (10) às 12h30 indicam que a capital atingiu 71,1% de cobertura vacinal da população com o esquema de imunização completo. A expectativa da Prefeitura do Rio de Janeiro é atingir 75% da população vacinada no próximo sábado. Esse é o percentual que o Comitê Científico de Enfrentamento à Covid (CEEC), composto por especialistas que assessoram a SMS nas orientações sobre a doença no estado, sugeria para a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras na cidade.

Embora, no mês passado, tenha planejado seguir a recomendação do CEEC, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, sinalizou que pode manter o uso obrigatório de máscaras em locais fechados. "Não sei ainda se eu vou acompanhar o comitê científico, apesar do comitê estar mandando. Provavelmente, a gente deve permanecer com a obrigatoriedade", disse durante uma live ontem (9), transmitida pelo Facebook.

Paes lembrou que apesar de existirem algumas restrições, a cidade caminha para a liberação de várias delas, a partir de dados do comitê científico. "Estamos caminhando para isso. Acredito que até sábado a gente deve atingir a meta para a terceira fase proposta pelo comitê científico, que é a fase em que se alcança 75% da população total vacinada e imunizada com as duas doses. Aí tem uma série de gatilhos previstos pelo comitê científico, dentre outros, o fim da obrigação da utilização de máscaras em espaços fechados", comentou.

Conforme os números da SMS, 83% da população maior de 12 anos está com a vacinação completa e nas pessoas maiores de 18 anos o percentual atingiu 90,7%. "Todo mundo que a gente se propôs a vacinar, já temos a vacinação completa em 90% das pessoas. Qualquer país da Europa, Estados Unidos nem se fala, países que vacinaram muito, o Rio está bem na frente. Essa é uma excepcional notícia", afirmou o prefeito.

Prefeito do Rio, acrescentou que o número de internados, casos graves e óbitos pela covid-19 estão caindo nas últimas semanas no Rio e de ontem para hoje não houve novas internações. "Já tivemos 1.500 pessoas internadas, principalmente, no Ronaldo Gazolla, em Acari [hospital de referência na cidade para a covid-19]. Nesse momento devemos ter menos de 100 pessoas internadas. Essa também é uma notícia excepcional".

Sobre a exigência do passaporte da vacina, medida, que segundo ele não agrada a todo mundo, deu resultado positivo."Uma notícia boa que nem todo mundo gosta. Desde que o passaporte da vacina entrou em vigor, 370 mil pessoas que não tinham tomado a primeira dose se vacinaram. Quer dizer, o passaporte está fazendo o seu papel. Esse era o nosso objetivo", explicou.

Segundo Paes, o avanço para um cenário melhor da pandemia na capital é fruto da vacinação. "Isso muito objetivamente quer dizer que a vacina funciona, salva vidas. A gente está vivendo uma situação muito melhor, claro, que não quer dizer que a pandemia terminou, a gente ainda vive uma situação de pandemia mundial", alertou.

Mesmo com um cenário atual melhor, ele afirmou que se houver qualquer mudança nas curvas de incidência da doença, a prefeitura voltará a adotar medidas que sejam necessárias, como está sendo feito em outros países onde os números voltaram a subir. De acordo com Paes, a capital caminha para uma situação de muito conforto. No Hemisfério Norte, conforme explicou, há uma relação direta com a chegada do inverno, o que já ocorreu na cidade, representando o pior período para pessoas contraírem doenças ligadas ao pulmão.

"Estamos entrando [no Rio] no verão, período em geral quando as pessoas ficam menos gripadas. A gente vive um bom momento. Vamos aguardar os 75%. Até sexta-feira, sábado, semana que vem, a gente toma a decisão de fazer aquilo que o comitê científico definiu. O comitê científico para mim é o limite daquilo que a gente pode liberar. Se eu resolver ser mais restritivo, serei mais restritivo, mas a gente está em uma situação muito confortável nesse momento", disse ao acrescentar que a prefeitura toma as decisões com base na ciência.