Haddad cobra do governo e da Sabesp comunicação mais eficiente sobre falta d'água
O prefeito da capital disse que ficou sabendo do "duro" plano de racionamento pelos jornais. Ontem, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, afirmou que o rodízio poderia chegar a cinco dias sem água por dois com abastecimento. "Foi uma surpresa tão grande pra nós quanto para vocês", disse o petista. Haddad saiu da reunião junto com Braga, que falou rapidamente com a imprensa e deixou o local antes da fala do prefeito.
O prefeito de São Paulo justificou o pedido por uma comunicação mais eficiente dizendo que parte da população está "desavisada" sobre a gravidade da crise. "O cenário de dois, três meses atrás divulgado pelas autoridades competentes era de que não faltaria água. Este era o cenário com o qual se trabalhava até outubro, novembro do ano passado", criticou Haddad.
O comitê de crise, também reivindicado pelos prefeitos da região metropolitana, teria a participação das concessionárias responsáveis pelo abastecimento e dos governos municipais e estadual. Apesar disso, a Sabesp não participou desta primeira reunião. Segundo Haddad, foi uma opção de Braga, que queria fazer uma "discussão prévia". O secretário se comprometeu a falar com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e a comparecer à próxima reunião com o presidente da Sabesp, Jerson Kelman.
Outra demanda do grupo de prefeitos é a criação de um plano de contingência em caso de agravamento ainda maior da situação. O plano envolve um acompanhamento diário da situação da crise e consequentes reações de acordo com o quadro avaliado. "É elaborar cenários que podem mudar de acordo com a precipitação e, a partir de cada cenário, adotar providências para evitar colapso de abastecimento", explicou, citando ainda a necessidade de um esquema especial para garantir o funcionamento de escolas e hospitais.
Perguntado se há a possibilidade de início imediato de racionamento, Haddad não se comprometeu: "Segundo o secretário (Benedito Braga), não".
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