Sozinha, a Justiça não resolve, alerta Moro
"Falando sobre a Operação Mãos Limpas, constatado que aquele esquema criminoso múltiplo um caso envolvendo uma empresa, joint venture, teria havido propina a agentes políticos e a partidos políticos na venda de ações superfaturadas dessa joint venture. Esse caso teve o apoio da opinião pública maciço no início e isso durou cerca de 2 anos. A partir do que houve uma certa reação do sistema político", afirmou o juiz.
Participaram do encontro Piercamillo Davigo, magistrado italiano integrante da força-tarefa Mãos Limpas, o procurador de Justiça do Paraná, Rodrigo Chemim, e o procurador da república integrante da Lava Jato, Paulo Roberto Galvão de Carvalho. Moro foi o quarto palestrante e falou sobre "Poder Judiciário e o combate à corrupção".
"A Justiça tem um papel nesses processos contra corrupção, papel relevante", afirmou. "Sozinha, ela não consegue resolver o problema. Precisa que outras instituições operem, que a sociedade se mobilize para cobrar, as empresas privadas precisam se auto-organizar para evitar pagamentos de corrupção", enfatizou.
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