Campanha contra o machismo fala diretamente com os homens: #podeparar
São Paulo - "Quando aquele seu amigo namorador teve a primeira filha, você falou que ele passou de consumidor a fornecedor?". Atitudes como essa, que deveriam ser inaceitáveis atualmente, ainda são consideradas por muitos como piadas "inofensivas". Para as pessoas que repetem esse tipo de comentário machista, foi criada a hashtag #podeparar.
É isso que pede o Brasil na campanha mundial 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A partir desta sexta-feira, 25, a ONU Mulheres, o SP Mulheres e o governo federal vão compartilhar conteúdos que discutem os diferentes tipos de agressão contra as mulheres. Além das ações nas redes, prédios serão iluminados com a cor laranja.
Segundo o governo federal, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 fez, em média, mais de 90 mil atendimentos por mês no primeiro semestre de 2016. Entre os 2.921 relatos de violência sexual, 84,12% estão relacionados ao estupro. Os 16 Dias procuram lembrar que repetir comentários e pensamentos machistas é, sim, uma forma de reforçar a cultura do estupro.
A campanha começou em 1991 e homenageia as irmãs Mirabal - Pátria, Minerva e Teresa - conhecidas como Las Mariposas. Elas foram assassinadas em 1961 por fazerem oposição ao ditador Rafael Trujillo, da República Dominicana. Atualmente, cerca de 160 países participam da campanha.
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