Troca-se carro por chamadas via celular
São Paulo - Em tempo de crise financeira, cada vez mais são ouvidas histórias de paulistanos que abriram mão de ter carro próprio pela facilidade (e economia) de organizar o dia a dia a bordo de uma mescla entre carros contratados por aplicativos, transporte público e os tradicionais táxis.
A cantora, atriz e escritora Bruna Caram é um exemplo. Há três meses, fez as contas - depreciação anual, estacionamentos, seguro, IPVA, combustível, manutenção... E decidiu: vendeu seu Uno. "Só uso carro chamado por aplicativos. Exatamente pela facilidade que esses serviços oferecem", conta. "São muitas as vantagens: menor custo; segurança - eu me sinto mais tranquila em andar com um motorista do que estar sozinha dirigindo..."
Nesta fase, ela se tornou uma ferrenha defensora dos aplicativos frente aos táxis convencionais. "Nunca mais peguei táxi. No fim, a polêmica serviu como uma lição sobre como os taxistas andavam tratando os clientes. Não posso generalizar, mas já tive muito problema com taxista, fui enganada, houve falta de educação e grosseria."
A cantora Ana Cañas também optou por não ter carro. Antes dos aplicativos, usava táxi no dia a dia. Agora rendeu-se ao novo formato. "Respeito muito a profissão dos taxistas, mas confesso que achava o preço do serviço um pouco abusivo e o tratamento nem sempre era o desejável, infelizmente."
Atualmente, quatro empresas exploram o serviço em São Paulo - sendo chamadas pela prefeitura de "operadoras de tecnologia em transporte": Uber, Cabify, Easy e 99 Táxi, e as duas últimas também oferecem taxistas convencionais.
As companhias não informam a quantidade de motoristas cadastrados. A Prefeitura tem os dados, mas alega que as informações são de caráter privado das empresas e, portanto, não pode divulgá-los - o prefeito João Doria (PSDB), entretanto, chega a falar em 50 mil carros, no total.
Complemento. "O que podemos informar é que a legislação previa um uso da malha viária por esses serviços da ordem de 27,5 milhões de quilômetros por mês. Isto equivale a 5 mil taxistas trabalhando", diz o chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias, Rodrigo Pirajá.
"No caso dos aplicativos, o número de motoristas é mais alto. Mas a maior parte deles faz o serviço apenas algumas horas por dia, como complemento de renda, e não de forma integral", afirma o chefe de gabinete. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.