Líder do PSB, Tereza Cristina diz não temer punição do partido
"Votei com a minha consciência, sou uma desenvolvimentista. O Brasil precisa das reformas", disse Tereza à reportagem.
A deputada, que deixou o PSDB há três anos para se filiar ao PSB, disse que mudou de sigla à convite do então presidente e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 2014 durante a campanha presidencial. Na época, lembrou a deputada, o partido passava por um momento de renovação e ele foi a primeira parlamentar eleita pelo PSB no Mato Grosso do Sul. "Eduardo Campos também era um desenvolvimentista", declarou.
A deputada contou que ainda não foi notificada formalmente sobre a decisão. Ela nega a intenção de deixar a sigla ou mesmo a liderança da bancada por ter desobedecido a orientação da Executiva Nacional. "Vou continuar no partido e na liderança, a menos que a bancada não me queira lá", respondeu.
Tereza se sentiu à vontade para votar à favor do projeto por convicção pessoal e porque havia entregado ao partido um recurso assinado por 21 deputados contra a determinação de fechamento de questão na votação das reformas trabalhista e previdenciária. "Se decidiram (punir), é prerrogativa deles. Temos o direito de nos defender", disse a deputada.
Além de Tereza, perderam as presidências estaduais os deputados Danilo Forte (CE), Fabio Garcia (MT) e Maria Helena (RR). "É difícil um cara ser dirigente num Estado e não seguir a orientação da direção nacional", comentou o deputado Júlio Delgado (MG).
Outros deputados também podem ser punidos, já que representações estão sendo protocoladas no Conselho de Ética da sigla pela juventude e outros setores do PSB. Quem votou com o governo na sessão de ontem da Câmara está sujeito a advertência ou mesmo expulsão.
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