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Mortos pelas chuvas em Alagoas chegam a 7; 25 mil ficam desalojados

Cidade de Marechal Deodoro, em Alagoas, alagada por conta das enchentes - Arquivo pessoal
Cidade de Marechal Deodoro, em Alagoas, alagada por conta das enchentes Imagem: Arquivo pessoal

Carlos Nealdo, especial para o Estado

Maceió

30/05/2017 18h23

Subiu para sete o número de mortos vítimas das chuvas que caem em Alagoas desde o último sábado (27). Na tarde desta terça-feira (30), equipes do Corpo de Bombeiros encontraram os corpos de Liliane Sherliane da Silva, 22 anos, e de sua filha Melissa, um bebê de seis meses, na periferia de Maceió. Ambos estavam desaparecidos desde sábado, quando ocorreu um deslizamento de barreira no local em que residiam.

Na segunda-feira, os bombeiros já haviam encontrado no mesmo local o corpo de Romário Alves, 23 anos, marido de Sherliane. Ailton Alves dos Santos, 52, pai da jovem, ainda está desaparecido. De acordo com o mais recente boletim do Corpo de Bombeiros de Alagoas, divulgado às 17h desta terça-feira, as chuvas deixaram 8.444 famílias desabrigadas e outras 16.508 desalojadas, num total de mais de 25 mil espalhadas pelos 26 municípios afetados pelas águas.

Além disso, segundo o Corpo de Bombeiros de Alagoas, outras 750 famílias foram realocadas em Marechal Deodoro, um dos municípios mais afetados pelas chuvas.

Na manhã desta terça, uma equipe de mergulhadores retomou as buscas pelo adolescente de 13 anos que estava nadando com os amigos no rio Mundaú e desapareceu, no município de Satuba, localizado na Grande Maceió.

Alerta

Apesar de previsão de chuvas moderadas para os próximos dias, o governo de Alagoas recomendou nesta terça, que a população permanecesse em alerta nas áreas consideradas críticas no Estado. O governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), publicou decreto no Diário Oficial do Estado reconhecendo a situação de emergência de 26 municípios afetados pelas chuvas.

Embora o volume de chuvas tenha reduzido nesta terça, o nível da água ainda é grande em muitos municípios afetados. A Secretaria Estadual de Saúde alerta a população dessas regiões para o risco de doenças de veiculação hídrica, como a diarreia. "Para as pessoas atingidas pelas enchentes, o ideal é ferver a água antes de consumir, seja para beber ou cozinhar", ressalta a técnica do Programa de Combate às Doenças de Veiculação Hídrica da secretaria, Jean Lúcia dos Santos.