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Vice de Alckmin informa que esteve presente em decisão do PSB contra Temer

Igor Gadelha

Brasília, 26

26/09/2017 22h49

A assessoria de imprensa do vice-governador de São Paulo, Márcio França, informou na noite desta terça-feira, 26, que ele esteve presente na reunião do diretório nacional do PSB que ocorreu mais cedo. No encontro, a legenda decidiu fechar questão para obrigar os deputados do partido a votarem na Câmara pela aceitação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e a trocar parlamentares da sigla pró-Temer que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro local em que a denúncia será analisada na Casa.

Segundo a assessoria de França, ele não votou na reunião pois teve de deixá-la antes do final por causa de outros compromissos. O voto do vice-governador paulista, contudo, foi computado pela direção do PSB como um dos 67 favoráveis ao fechamento de questão. O único voto contrário, segundo o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, foi o do ex-senador e ex-deputado Ademir Andrade (PA). A decisão do diretório atendeu à reivindicação dos deputados, que entregaram documento com o apoio de 22 dos 36 integrantes da bancada do partido na Câmara.

Atualmente, dos 66 membros titulares da CCJ, quatro são do PSB. São eles: Danilo Forte (CE), Fábio Garcia (MT), Julio Delgado (MG) e Tadeu Alencar (PE). Segundo Delgado, a direção do partido obrigará a líder da sigla, deputada Tereza Cristina (MS), a substituir Forte e Garcia, que votaram a favor de Temer na primeira denúncia. Eles devem ser substituídos por Danilo Cabral (PE) e Gonzaga Patriota (PE), atualmente suplentes da comissão e que votaram pela aceitação da primeira denúncia no plenário da Câmara.

Na segunda-feira, 25, Forte chegou a pedir para deixar o posto de vice-líder do governo na Câmara. Ele e Garcia são alguns dos parlamentares do PSB que negociam filiação ao DEM e que têm criticado a ofensiva do PMDB aos pessebistas que articulam a migração para a legenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). No ofício em que pediu para deixar o posto, o deputado cearense disse que precisava de "isenção" para analisar a denúncia, já que era membro da CCJ.

Na primeira denúncia contra Temer, o PSB também fechou questão para obrigar seus parlamentares a votarem pela abertura de investigação contra o presidente. Apesar da determinação, 11 deputados da legenda votaram a favor de Temer. A maioria (22 deputados), porém, votou pela aceitação da acusação. Os demais se ausentaram.