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DEM já discute nomes alternativos a ACM Neto para governo da Bahia

Igor Gadelha

Brasília

20/02/2018 19h03

O DEM começou a discutir um "plano B" para as eleições ao governo da Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País, com 10,7 milhões de eleitores. Nome mais forte do partido para a disputa, o atual prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, de 39 anos, sinalizou que pode não concorrer e, por isso, a legenda e o próprio chefe do Executivo municipal passaram a articular nomes alternativos.

Uma das opções pensadas é José Ronaldo (DEM), que cumpre o segundo mandato como prefeito de Feira de Santana, município com o segundo maior número de eleitores do Estado. Outra alternativa é lançar como candidato a governador o atual vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis, que deve trocar o MDB pelo DEM e que assumirá o comando da capital baiana, caso Neto saia do cargo para disputar o governo.

Aliados de Neto dizem que ele teme deixar a Prefeitura de Salvador, onde tem uma gestão com mais de 70% de aprovação, e não conseguir se eleger governador. Caso decida disputar o Executivo estadual, ele terá de se desincompatibilizar do cargo em 7 de abril e enfrentará Rui Costa, um dos quatro governadores do PT que tentarão reeleição em outubro, tendo a seu favor o peso da máquina governamental e, no caso de Costa, uma gestão aprovada por 65% da população.

Nesse cenários, interlocutores aconselham Neto, que deve assumir a presidência nacional do DEM no início de março, a concluir seu mandato como prefeito em 2020, e só disputar o governo da Bahia em 2022. Nesse intervalo, aliados dizem que ele pode fazer um curso na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Procurado, o prefeito disse apenas que ainda não decidiu se disputará as eleições deste ano.

O DEM vê em Neto um de seus candidatos a governador mais competitivo, representando um importante palanque para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), pré-candidato da legenda à Presidência da República. Caso o prefeito fique de fora da disputa, a avaliação da sigla é de é preciso lançar outro candidato para dar palanque a Maia ou outro candidato de centro que o partido venha a apoiar na disputa presidencial no Estado, o maior da região Nordeste.