Após encontros polêmicos, Doria e França evitam ataques em debate
Doria foi o primeiro a estender a mão. No início do encontro, ele disse ter certeza que o debate seria "altivo, propositivo, valorizando a proposta dos dois candidatos". França consentiu.
O primeiro bloco discorreu sem embates, com discussões cordiais - e até concordâncias - de propostas sobre ampliação de creches, saúde, saneamento básico e segurança pública.
França ressaltou a experiência administrativa, único momento em que, no primeiro bloco, houve uma alfinetada. "Eu fui prefeito da minha cidade, cumpri meus dois mandatos", disse. Doria não reagiu e propôs programas para a saúde - como ampliar o Corujão da Saúde e a criação do Remédio Rápido.
Ao reivindicarem a paternidade do programa "Empreenda Fácil", Doria chegou a declarar: "Não quero aqui estabelecer a discórdia, mas o empreenda fácil nós estabelecemos conjuntamente". França disse não ver problemas em ceder ideias a prefeituras.
As manifestações da plateia, marca dos debates anteriores, foram contidas logo no início. O mediador do encontro, Carlos Nascimento, comentou que as intervenções do público presente nos encontros passados "ultrapassaram o limite do razoável".
Após Doria responder à primeira pergunta, a claque tucana ensaiou uma salva de palmas e foi logo interpelada por Nascimento. "Manifestações da plateia não estão previstas no script. Não queremos ser mal-educados e retirar as pessoas", afirmou.
Vídeo
Ao responder pergunta de uma jornalista, Doria condenou mais uma vez um vídeo de sexo que circula nas redes sociais atribuído a ele. O vídeo começou a circular no meio desta tarde e, em pouco tempo, impulsionou a hashtag #doria para o topo da lista de assuntos mais comentados do Twitter em todo o mundo.
No debate, Doria pediu novamente medidas judiciais para descobrir "quem foi o responsável por isso", a exemplo do que fez em vídeo mais cedo divulgado no Twitter. "Não imaginaria que a campanha chegaria a este nível", afirmou.
O tucano também disse que não fazia qualquer acusação ao adversário na disputa, o candidato à reeleição Márcio França e disse repudiar "fake news" sobre qualquer pessoa, independente do partido - citando até os concorrentes ao Planalto neste segundo turno Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Doria também comentou que acredita que a "legislação eleitoral brasileira precisa mudar" em relação ao uso de redes sociais.
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