Decisão de Marco Aurélio leva manifestantes à Praça dos Três Poderes
De um lado, simpatizantes do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), vestiram camisas em verde e amarelo, carregaram faixas e cartazes para protestar contra o Supremo Tribunal Federal e pediram o impeachment de Marco Aurélio Mello. "Ô Marco Aurélio, pode esperar, a sua hora vai chegar", gritaram.
Em menor número, militantes do Partido dos Trabalhadores levaram faixas pedindo a liberdade de Lula, considerado "preso político" pelos simpatizantes do ex-presidente. "Cadê o Queiroz?", respondiam os petistas às provocações do outro lado, em referência a Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-motorista e ex-assessor do deputado estadual Flavio Bolsonaro (PSL). Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que Queiroz movimentou mais de R$ 1,2 milhão em uma conta bancária no período de 1 de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2017.
Por volta das 18h, a Polícia Militar do Distrito Federal estimava um número de 150 manifestantes contrários à decisão de Marco Aurélio e à liberdade do ex-presidente Lula, enquanto outras 40 pessoas pediam a soltura do petista. Uma barreira de policiais dividiu a praça para evitar agressões entre os dois lados.
"Diabo"
A professora Demiane Cruz soube da decisão de Marco Aurélio pelo Twitter e, indignada, decidiu protestar na frente do STF. "Estou indignada, é inacreditável. Não temos paz nem antes do Natal, somos obrigados a ir à rua", afirmou, carregando uma faixa escrita "O diabo veste toga".
"Com essa canetada do ministro, os criminosos estão livres, leves e soltos. Defendo a vinda do cabo e do soldado para fecharem o STF", completou Demiane.
Na avaliação da aposentada Vânia Diniz, o episódio é uma "palhaçada". "É um desrespeito e um absurdo que isso seja decidido no último dia antes do recesso. É uma vergonha", criticou.
Do outro lado, a servidora pública Cláudia Lima, elogiou a decisão do ministro Marco Aurélio. "Lula é um sequestrado político", disse. O bombeiro Pedro Rodrigues concordou. "É uma decisão coerente, equilibrada. Defender o impeachment de ministro do Supremo é uma postura autoritária, fascista", avaliou.
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