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'Nos cabia fazer o primeiro gesto', diz Onyx sobre aceno à oposição

O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e o novo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a cerimônia de transmissão de cargo dos novos ministros que trabalharão no governo do presidente Jair Bolsonaro - DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, e o novo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a cerimônia de transmissão de cargo dos novos ministros que trabalharão no governo do presidente Jair Bolsonaro Imagem: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

Clarissa Oliveira

Brasília

02/01/2019 11h09

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, reforçou em entrevista o aceno feito à oposição durante seu discurso de transmissão de cargo, nesta manhã. Onyx disse ter se reunido mais cedo com o presidente Jair Bolsonaro e concluído que o novo governo deveria demonstrar "humildade e maturidade" de "estender a mão" aos adversários neste início de gestão.

"A eleição tem que ser superada e o entendimento tem que surgir", afirmou, acrescentando que exemplos de outros países demonstram que o Brasil poderia se beneficiar de um pacto nesse sentido. "Conversei com o presidente nesta manhã e entendemos que nos cabia fazer o primeiro gesto", emendou.

Onyx evitou polemizar sobre a criação de cargos comissionados em posições de chefia no Itamaraty. A publicação da notícia no Diário Oficial repercutiu na diplomacia, por contrariar a tradição da pasta de nomear diplomatas de carreira para a vaga. Onyx disse que cada ministro recebeu do presidente eleito "carta branca" para definir o desenho de cada pasta. "Se o ministro Ernesto (Araújo) pediu, é porque tinha necessidade", disse.