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Empresas negam participação no cartel do metrô de SP em julgamento no Cade

O cartel do metrô de São Paulo é um dos maiores casos já investigados pelo órgão - Danilo Verpa/Folhapress
O cartel do metrô de São Paulo é um dos maiores casos já investigados pelo órgão Imagem: Danilo Verpa/Folhapress

Lorenna Rodrigues

Brasília

08/07/2019 13h07

Empresas investigadas pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) negaram participação no chamado cartel do metrô de São Paulo e alegaram faltar provas para a condenação. O processo está sendo julgado pelo Cade nesta segunda-feira.

Com 16 empresas e 52 pessoas físicas sob investigação, as sustentações orais dos advogados demoraram cerca de três horas e meia e dominaram a primeira parte do julgamento. O advogado da Alstom, Sérgio Varella Bruna, disse que a Siemens, que delatou o esquema ao Cade, "forjou cartéis onde não existia apenas para tornar sua proposta de leniência mais atraente".

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A advogada da Bombardier, Paola Pugliese, questionou as provas e disse que indícios de fraudes documentais foram "esfregados na cara" da superintendência-geral do Cade e que nada foi feito. "Esse julgamento já aconteceu, a portas fechadas", reclamou.

O advogado da CAF, Pedro Zanota, disse que a empresa teve comportamento "individual, independente e competitivo e não merece punição". Priscila Broglio, advogada da Hyundai-Rotem, alegou que a acusação não era respaldada em provas. "Não tem nenhum elemento que ligue a empresa ao cartel", afirmou.

A representante da MGE, Viviane Fraga, disse que a empresa era apenas prestadora de serviços e não participou de nenhum cartel. Eduardo Caminati, representante da RHA, disse que a empresa foi confundida com outra e não firmou contratos investigados.

Os representantes da Serveng, da Tejofran e da MPE também negaram participação das empresas no conluio.