MP do Rio abre inquérito para apurar aumento de letalidade policial
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) abriu nesta sexta-feira um inquérito civil para apurar o aumento dos índices de mortes provocadas por policiais no Estado. Na gestão do governador Wilson Witzel, o Rio registrou recorde no número de óbitos: foram 1.249 de janeiro a agosto.
"A medida foi motivada pelo fato de o MP-RJ ter recebido representações, que demandam uma reflexão responsável sobre a letalidade da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro", apontou o MP em nota. O inquérito foi aberto por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP).
Do órgão estadual vinha sendo cobrada uma postura mais pró-ativa, como determina a sentença que condenou o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso da chacina da Nova Brasília. As mortes por policiais costumam ter investigações tocadas pela Polícia Civil. Elas tendem a ser arquivadas e raramente chegam a uma conclusão.
Em 2016, a CPI dos Autos de Resistência na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj, mostrou que 98% dos casos registrados como "autos de resistência" por policiais eram arquivados.
Após a morte da menina Ágatha Félix no Complexo do Alemão, na semana passada, o MP do Rio recebeu solicitações que o levaram a abrir o inquérito. O presidente do braço estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo, se encontrou com o procurador-geral de Justiça, José Eduardo Gussem, e lhe entregou uma representação na qual a entidade elenca erros da política de Segurança Pública do governo Witzel.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.