Aliança pelo Brasil ainda não existe, mas já tem quase 200 páginas nas redes
Algumas das páginas guardam registros que eram usados para comunicar, extraoficialmente, ações de diretórios municipais do PSL, partido do qual Bolsonaro se desfiliou. Ao menos dois terços dessas páginas não informam que não são oficiais.
O Aliança pelo Brasil dá sinais de estar ciente da profusão de contas não oficiais. Há algumas semanas, nas três contas oficiais, orientações reforçam que apoiadores sigam e compartilhem conteúdos apenas dos perfis verificados.
Procurada, a direção do Aliança Pelo Brasil respondeu que "algumas poucas" páginas do levantamento da reportagem já são de pessoas próximas ao núcleo do futuro partido. Não foi especificado quantas são essas páginas ou quais. No entanto, a profusão preocupa os administradores, que pretendem criar um canal de denúncias para derrubar posts com informações falsas.
A administração das redes do partido também afirmou que pretende entrar em contato com os administradores que estiverem apenas compartilhando conteúdo das redes oficiais para coletar assinaturas.
Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que é possível coletar assinaturas digitais para a criação de partidos. Por outro lado, exigiu que haja regulamentação e desenvolvimento dos dispositivo pela própria Corte, para verificar a autenticidade das assinaturas. Não há previsão de quando isso vai ocorrer.
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