Itália tem toque de recolher por coronavírus e cresce alerta global
O presidente chinês, Xi Jinping, admitiu que o país vive sua maior crise sanitária desde 1949, quando se iniciou o regime comunista, e considerou que houve "deficiências" no combate inicial. O vírus, relatado no fim de dezembro em Wuhan, já causou 2.445 mortes e contaminou 78 mil.
No entanto, o ritmo de avanço nos relatos diminuiu na China - e passou a preocupar mais em outros países. A Coreia do Sul, com 602 casos de contágio, é quem mais preocupa. E o presidente, Moon Jae-in, considera que os "próximos dias serão essenciais para o controle".
Além disso, frente à multiplicação de casos no Irã, que já teve 8 mortes, Turquia, Jordânia, Paquistão e Afeganistão fecharam fronteiras e restringiram suas viagens.
A Itália decretou toque de recolher em 11 municípios em que casos de coronavírus foram confirmados - afetando cerca de 60 mil pessoas.
O famoso carnaval de Veneza foi cancelado na tentativa de impedir a propagação do vírus. O número de diagnosticados com coronavírus no país é de 152 - foram reladas três mortes.
Autoridades da região norte, onde se concentram os casos, decidiram fechar escolas, museus, teatros, cinemas. Até mesmo a catedral de Milão - o célebre Duomo - foi fechada.
França, Suíça e Áustria informaram estar em alerta com a situação no país vizinho. O ministro da Saúde francês, Olivier Veran, considera "muito provável" que surjam mais casos no país.
Futuro
Um estudo do Imperial College de Londres, recém-divulgado, estima que "dois terços dos infectados com o coronavírus na China não foram detectados antes de deixar o país".
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por sua vez, passou a ver "com cuidado" relatos envolvendo pessoas que não estiveram na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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