OMS diz que há registros de mortes de crianças por coronavírus
"Sabemos que as crianças podem ser infectadas e que elas podem morrer por essa doença. Não podemos dizer universalmente que é (uma doença) leve em crianças", afirmou Maria van Kerkhove, diretora da área de Doenças e Zoonoses Emergentes da OMS.
"A mensagem central é: testar, testar e testar", disse o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Em sua fala, ele defendeu a necessidade de as pessoas saberem qual pessoa lhe transmitiu o vírus e de manter as estratégias de contenção do risco. "Você não consegue parar essa pandemia se não souber quem está infectado. Esta é uma doença séria. Embora as evidências sugiram que aqueles com mais de 60 anos corram maior risco, jovens, incluindo crianças, morreram", disse.
Ghebreyesus afirmou que crises como essa são um momento em que o melhor e o pior da humanidade afloram. "É a crise global definidora dos nossos tempos. Os próximos dias, semanas e meses serão um teste da nossa confiança na ciência e um teste de solidariedade. O espírito humano da solidariedade precisa se tornar mais infeccioso do que o vírus."
A OMS lembrou ainda que mesmo que a pessoa não esteja se sentindo mal, pode infectar alguém por até 14 dias. Por isso, é preciso respeitar o período de duas semanas após o fim dos sintomas. Visitas não são permitidas.
A instituição disse que as ações de contenção e medidas restritivas são fundamentais para reduzir a pandemia.
Questionadas sobre a ida do presidente da República, Jair Bolsonaro, a um protesto com apoiadores, as autoridades da OMS não responderam diretamente. "Precisamos de comprometimento político no maior nível porque essa pandemia não é só do setor da saúde, ela afeta todos os setores do governo. Os governos devem ser capazes de mobilizar a sociedade. Essa resposta depende de todos. É assim que podemos deter o vírus."
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