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"Cloroquina não evita o coronavírus", diz Ministério da Saúde

Nesta foto de arquivo tirada em 26 de fevereiro de 2020, uma equipe médica mostra no Instituto de Infecção IHU Mediterranee em Marselha, um pacote de Nivaquine, comprimidos contendo cloroquina, um medicamento contra a malária comumente usado que mostrou sinais de eficácia contra o coronavírus, de acordo com a um estudo realizado em vários hospitais chineses - GERARD JULIEN/AFP
Nesta foto de arquivo tirada em 26 de fevereiro de 2020, uma equipe médica mostra no Instituto de Infecção IHU Mediterranee em Marselha, um pacote de Nivaquine, comprimidos contendo cloroquina, um medicamento contra a malária comumente usado que mostrou sinais de eficácia contra o coronavírus, de acordo com a um estudo realizado em vários hospitais chineses Imagem: GERARD JULIEN/AFP

ANDRÉ BORGES e EMILLY BEHNKE

28/03/2020 08h36

O Ministério da Saúde fez um alerta nesta sexta-feira, 27, sobre o uso do medicamento cloroquina no combate ao novo coronavírus. O remédio sumiu de muitas farmácias desde que o presidente Jair Bolsonaro passou a divulgar informações de que o País estaria no caminho de encontrar uma medicação de combate ao vírus.

O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, disse que o uso da cloroquina pela população pode, na realidade, ter efeitos nocivos sobre a saúde. "A cloroquina é um medicamento indicado em condições específicas, mas ele tem contraindicações. Pode ser tóxico em médio e longo prazo", afirmou à imprensa ontem.

"A cloroquina não é um medicamento para evitar a doença. Os estudos ainda estão sendo realizados. Estão seguindo um rito muito mais acelerado que o tradicional", disse o secretário. A medicação, que é usada no combate à malária, vai ser produzida em larga escala e distribuída em hospitais de todo o País para ser testada em pacientes em situação grave. O Ministério da Saúde informou que serão liberadas 3,4 milhões para hospitais. Hoje, há 148 pessoas na UTI, em estado grave, com a covid-19.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.