Youtubers, deputado e blogueiros: os bolsonaristas alvos da PF nesta terça
Ao todo, A PF faz 21 buscas em cinco Estados e do DF. Leia mais sobre alguns dos bolsonaristas que estão na mira da corporação nesta terça:
Daniel Silveira (PSL-RJ)
Único político com foro junto ao Supremo que é alvo da Polícia Federal na operação desta terça-feira, Daniel Silveira é deputado federal pelo PSL do Rio. Cabo da Polícia Militar, está em seu primeiro mandato como deputado.
Foi durante a campanha de outubro de 2018 que Silveira ficou conhecido por destruir, junto com seu colega de partido Rodrigo Amorim, uma placa de rua que homenageava a vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros em 14 de março de 2018.
Alvo da operação da PF desta terça, Silveira publicou em sua conta no Twitter pela manhã que a Polícia Federal estava em seu apartamento.
O deputado, que também foi alvo de busca no âmbito do inquérito das fake news, é citado nas investigações sobre autoria e o financiamento de atos antidemocráticos ocorridos no mês passado em todo o País, como mostrou o Estadão.
Allan dos Santos
Empresário e um dos sócios do site conservador Terça Livre, já mencionado nas postagens do presidente Bolsonaro nas redes sociais, Allan Lopes dos Santos é um dos principais blogueiros alinhados com o bolsonarismo.
Alvo da Polícia Federal nesta terça-feira, 16, no âmbito de um inquérito de investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos, o blogueiro também é um dos investigados no inquérito das fake news, que apura ameaças, ofensas e notícias falsas disseminadas contra integrantes do STF e seus familiares.
Foi no âmbito do inquérito das fake news que Santos foi alvo de mandado de busca e apreensão em 27 de maio, quando a PF cumpriu ordens judiciais expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, mirando nomes ligados ao 'gabinete do ódio' e aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Seguidor do escritor Olavo de Carvalho e crítico da imprensa tradicional, Allan dos Santos foi um dos principais mobilizadores digitais nos ataques contra a repórter Constança Rezende, do Estadão, em março de 2019.
Luís Felipe Belmonte
Empresário e advogado, Luís Felipe Belmonte dos Santos é o segundo vice-presidente e principal operador político do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tenta tirar o papel. Milionário, Belmonte já foi filiado ao PSDB, fez doações para legendas de esquerda, como PCdoB, e atuou como advogado do empresário Luiz Estevão, que foi condenado a uma pena de 26 anos por fraudes na construção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
Conforme mostrou reportagem do Estadão, Belmonte já auxiliou na organização de atos antidemocráticos em Brasília, como o que ocorreu em 3 de maio, um domingo. Na ocasião, o Aliança pelo Brasil foi a ponte, o contato entre as lideranças de grupos e movimentos de direita, que se organizaram para mobilizar os bolsonaristas em todo o País para participarem da manifestação. Em entrevista na época, Belmonte disse que não colocou nenhum centavo no evento, que prestou ajuda apenas como cidadão, e não como representante do partido.
Sérgio Lima
Marqueteiro do Aliança pelo Brasil, Sérgio Lima também foi alvo da operação da Polícia Federal nesta terça-feira. Publicitário, Lima foi uma das pessoas que estiveram presentes na comitiva do presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos em março deste ano, e foi uma das mais de vinte pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus após a viagem. Antes da pandemia, 'Serginho' - como é conhecido entre governistas -, vinha sendo incentivado por bolsonaristas a disputar a Prefeitura de SP.
Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, Lima, mineiro que não cursou faculdade e se diz autodidata, foi o responsável pela identidade visual do partido Aliança pelo Brasil, e também pela criação do site da legenda.
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