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Américas continuam a ser epicentro da pandemia da covid-19, afirma OMS

Tedros Adhanom insistiu na necessidade de adoção das medidas já conhecidas para controlar os contágios - Reuters/Denis Balibouse
Tedros Adhanom insistiu na necessidade de adoção das medidas já conhecidas para controlar os contágios Imagem: Reuters/Denis Balibouse

Gabriel Bueno da Costa

São Paulo

06/08/2020 13h12

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou hoje que a região das Américas continua a ser "o atual epicentro do vírus e tem sido particularmente atingida" pela doença.

Durante entrevista coletiva, ele disse que, em todo o mundo, mais de 18,5 milhões de casos foram reportados e 700 mil vidas, perdidas por causa do vírus.

"Nenhum país tem sido poupado. Países de renda baixa, média e alta têm sido atingidos fortemente", notou, lembrando ainda que apenas três nações reportaram mais da metade dos casos da covid-19, referindo-se a Estados Unidos, Brasil e Índia.

Ghebreyesus lembrou que existe a esperança de que uma ou mais vacinas em testes se confirmem como eficazes contra a doença. Enquanto isso, porém, insistiu na necessidade de adoção das medidas já conhecidas para controlar os contágios, como o uso de máscaras, o distanciamento social, testes e rastreamento de contatos dos casos suspeitos. "É preciso saber o que podemos fazer hoje para salvar vidas", comentou.

Questionado sobre a relação com os Estados Unidos, cujo presidente Donald Trump anunciou que pretende retirar o país da entidade, Ghebreyesus lembrou que esse vínculo é longo e exaltou o papel dos EUA em salvar vidas ao longo das últimas décadas. Segundo ele, a OMS continua a trabalhar "de perto" com o país na crise atual e espera que a decisão de deixar o organismo seja reconsiderada.