Topo

Esse conteúdo é antigo

Flávio pede que viralizem imagem de Bolsonaro com frase 'Nossa arma é a vacina'

10/03/2021 16h55

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), numa mudança de discurso, foi nesta quarta-feira, 10, às redes sociais pedir para que seguidores compartilhem imagem de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com os dizeres "Nossa arma é a vacina".

Na publicação, o filho 01, como é chamado pelo pai, diz: "Nos próximos dois meses, vacinaremos dezenas de milhões de brasileiros!". No canal oficial de Flávio Bolsonaro no Telegram, ele reforça o pedido para que a imagem seja compartilhada: "Vamos viralizar".

A mensagem, no entanto, diverge dos pronunciamentos usados por Jair Bolsonaro e os outros filhos com cargos públicos, que nos últimos meses não pouparam críticas aos imunizantes. Foi o caso da CoronaVac - produzida pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo -, que teve a origem questionada pelo presidente, que pôs em dúvida a segurança da vacina e comemorou a interrupção momentânea dos testes do imunizante nas redes sociais.

Em 19 de janeiro, pouco após o início das vacinações para grupos prioritários no Brasil, Flávio Bolsonaro afirmou que seu médico havia lhe recomendado para que não tomasse a vacina. "Como já tive covid e minha taxa de imunidade é alta, meu médico não recomendou, neste momento, que eu tome a vacina. Vou seguir a ciência", disse.

Resposta

Em reação à mensagem do senador do Republicanos do Rio, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a mudança da fala. "São mais de 268 mil vidas perdidas pelo negacionismo. O governo agora muda o discurso, depois de defender o uso da cloroquina mesmo sem comprovação", afirmou.

Na mensagem, Maia anexou a mais recente publicação de Flávio Bolsonaro e um tuíte de setembro em que o senador afirmou estar curado da covid-19 por causa do tratamento com remédios, sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus. "Não faz isso neste momento porque se importa com a vida dos brasileiros, mas obviamente por conta das eleições de 2022. Sentiu", conclui o ex-presidente da Câmara.