Após onda de ataques, ministro da Justiça confirma envio da Força Nacional ao AM
Desde domingo, criminosos têm depredado e incendiado prédios públicos e agências bancárias, na capital e no interior. Os ataques seriam uma reação do crime organizado à morte de um suposto traficante de drogas, no sábado, 5.
"Atendendo a solicitação do governador do Amazonas, Wilson Lima, e visando ajudar no restabelecimento da paz e da ordem na capital do estado, acabo de autorizar o emprego da Força Nacional em Manaus", escreveu o ministro, no Twitter, na noite desta segunda.
Wilson Lima (PSC) informou que fez o pedido ainda no domingo. "Ontem à noite formalizei pedido ao Ministério da Justiça para o envio de homens da Força Nacional ao Amazonas. O objetivo é que reforcem o trabalho das forças de segurança do Estado, que atuam no combate aos atos de vandalismo que têm acontecido nas últimas horas", disse.
O planejamento da operação, segundo o ministro Anderson Torres, está sendo elaborado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada à pasta.
A onda de violência causa impacto na oferta de serviços públicos no Amazonas. Nesta segunda, as aulas foram suspensas. O transporte coletivo foi paralisado no domingo e voltou a funcionar apenas parcialmente. Até a vacinação contra a covid-19 foi interrompida.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a ordem para os ataques partiu de dentro de um presídio após a morte de Erick Batista Costa, o "Dadinho", de 30 anos, durante uma ação policial, no sábado.
"Dadinho" seria integrante do Comando Vermelho. A facção criminosa do Rio de Janeiro passou a dominar o tráfico de drogas em Manaus, após uma guerra na disputa das rotas do tráfico com a facção Família do Norte.
Segundo levantamentos oficiais,ao menos 29 veículos, sete agências bancárias e oito prédios públicos foram alvo de ataques em Manaus e em cidades do interior do Amazonas até esta segunda-feira. Entre os automóveis depredados estão 18 ônibus, dois carros de polícia e uma ambulância.
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