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Diretora da Opas alerta para número de casos e mortes por covid nas Américas

Carissa Etienne, diretora da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e diretora regional da OMS (Organização Mundial da Saúde) para as Américas - Reprodução
Carissa Etienne, diretora da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e diretora regional da OMS (Organização Mundial da Saúde) para as Américas Imagem: Reprodução

Gabriel Bueno da Costa

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

16/06/2021 13h02Atualizada em 16/06/2021 13h55

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Ettiene, informou nesta quarta-feira, 16, que na semana passada as Américas registraram mais de 1,1 milhão de casos da covid-19, com 31 mil mortes pela doença. Durante entrevista coletiva virtual, ela disse que, nas últimas semanas, "quatro dos cinco países com números semanais mais altos de mortes no mundo continuam a estar em nossa própria região".

Em sua declaração inicial, Etienne citou o quadro mais grave em algumas regiões e citou São Paulo. "Na cidade de São Paulo, 80% das UTIs estão ocupadas por pacientes de covid-19", disse. Nesse contexto, ela pediu que a população reforce as medidas já sabidas para conter o vírus, como o uso de máscaras e o distanciamento social, sobretudo em áreas de alta circulação da covid-19 e de elevado nível de contaminações.

Diretor assistente da Opas, Jarbas Barbosa considerou que há exceções, mas que na grande maioria das Américas a vacinação contra o vírus "está mais lenta do que o necessário". Em outro momento, Barbosa reafirmou que a Opas defende o uso de todas as vacinas já aprovadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para todos os maiores de 18 anos, inclusive o imunizante da AstraZeneca. A Opas enfatizou que as pessoas devem se vacinar logo, com a vacina já aprovada que estiver disponível para ela.

Doações de vacinas

Carissa Ettiene pediu que o G-7, ao realizar suas doações previstas de vacinas contra a covid-19, escolha os países com maior necessidade do imunizante.

"Embora as vacinas sejam necessárias em toda parte, esperamos que os países do G-7 priorizem doses para nações em maior risco — especialmente na América Latina — que não têm ainda acesso suficiente aos imunizantes para proteger mesmo os mais vulneráveis", afirmou ela, durante a entrevista.

A diretora notou que houve aumento recente nos casos e nas hospitalizações por covid-19 em Bolívia, Chile e Uruguai. Segundo ela, muitos pacientes nesses casos são mais jovens, com idades entre 25 e 40 anos.