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OMS: Estimulados por variante delta, casos de covid crescem 10% na Europa

4.mai.2020 - Estátuas usam máscara para se "proteger" do novo coronavírus; ao fundo, a Torre Eiffel, em Paris, na França - Mehdi Taamallah/NurPhoto via Getty Images
4.mai.2020 - Estátuas usam máscara para se 'proteger' do novo coronavírus; ao fundo, a Torre Eiffel, em Paris, na França Imagem: Mehdi Taamallah/NurPhoto via Getty Images

Do Estadão Conteúdo, em Genebra

02/07/2021 08h00Atualizada em 02/07/2021 08h44

O temor de uma nova onda da pandemia ressurgiu na Europa após a Organização Mundial de Saúde (OMS) informar nesta quinta, 1º, que, nos últimos sete dias, houve um aumento de 10% no número de casos confirmados no continente, após semanas de queda. A maioria dos casos, segundo a OMS, é atribuída à variante delta -- identificada inicialmente na Índia -- e mais contagiosa que outras cepas.

O diretor da OMS para a Europa -- não apenas a União Europeia, mas 53 territórios, incluindo Israel --, Hans Kluge, afirmou que o novo pico foi provocado pela reabertura dos países sem que as pessoas ainda estejam totalmente imunizadas, já que 63% da população ainda aguarda por uma primeira dose.

"Na semana passada, o número de casos subiu 10%, em razão do aumento dos contatos, às viagens e ao fim das restrições sociais. Haverá uma nova onda na região europeia, a não ser que continuemos sendo disciplinados", afirmou Kluge.

Um exemplo é o grande surto registrado em Mallorca, na Espanha, após uma viagem de estudantes que comemoravam o fim do ano letivo. Quase 2 mil casos de contágios foram confirmados e cerca de 6 mil pessoas estão em quarentena.

Os cientistas acreditam que a variante delta pode ser duas vezes mais transmissível que o coronavírus original, e seu potencial para infectar algumas pessoas parcialmente vacinadas alarmou as autoridades de saúde pública.

Uma estimativa do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, divulgada na semana passada, aponta que 90% dos casos de covid-19 na UE serão causados pela variante delta até o final de agosto.

Apesar da ameaça, a maioria das vacinas existentes parece ser eficaz para impedir o agravamento da infecção pela variante. Estudos iniciais apontam que os infectados desenvolvem apenas casos leves ou assintomáticos.

Especialistas dizem que, com a disseminação de novas variantes, taxas de vacinação mais altas e precauções contínuas são necessárias para controlar pandemia, mas as desigualdades no desenvolvimento econômico, nos sistemas de saúde e no acesso às vacinas tornaram a última onda muito mais letal. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Redação, O Estado de S.Paulo