Saúde tem 6,9 milhões de doses de Pfizer e CoronaVac paradas em centro de distribuição
O Ministério da Saúde possui 6,9 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Coronavac contra covid-19 paralisadas no centro de distribuição da pasta, que fica localizado vizinho ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
A Saúde pretende determinar o envio de 3 milhões de doses a diferentes estados do País até o próximo fim de semana. Os 3,9 milhões restantes ainda precisam do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena o diálogo dos Estados sobre a pandemia do coronavírus, conversou com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e foi informado sobre a quantidade em estoque e a perspectiva de liberação.
"(Queiroga) disse que chegou a 6,9 milhões de doses (parados no centro de distribuição) e que conseguiu cumprir a regra de autorização sobre qualidade. De hoje para amanhã vai distribuir 3 milhões e falta esta autorização (da Anvisa) para liberar 3,9 milhões", afirmou Dias ao Estadão.
Por causa da falta de doses, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), decidiu suspender hoje a vacinação por idade.
"Recebemos nessa manhã só 37.962 doses. Para vacinar Grupo de 24 anos precisamos de 68 mil. Não vamos usar nosso estoque de 2ª dose. Com isso, suspenderemos a vacinação da primeira dose de amanhã. Só lembrando: Rio com muitos casos de Delta e estoque do ministério é 11,2mi de doses", afirmou o prefeito do Rio nesta quarta-feira, 11.
Hoje, Paes afirmou que torce pela chegada de novas doses no fim de semana. "Com as doses que já temos e com as que estão chegando hoje, conseguimos garantir para amanhã a vacinação das pessoas com 24 anos e para sábado as pessoas de 23 anos. Torcemos muito para que o Ministério da Saúde envie mais doses nesse fim de semana", declarou por meio do Twitter.
O atraso na distribuição das vacinas para os Estados e municípios foi motivo de um embate entre o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 11, Doria declarou que o ministro que mentiroso.
"Quero mandar uma mensagem para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ministro, aprendi com o meu pai que é feio mentir e que é feio prometer e não cumprir", disse o governador tucano.
Na semana passada, Queiroga se reuniu com o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, e que busca um entendimento para atender o governo paulista.
"As áreas técnicas do Ministério da Saúde e da secretaria estadual de Saúde tem algumas divergências em relação a metodologias de cálculos de doses de imunizantes de tal maneira que conversamos de maneira muito detida e, inclusive, com as áreas técnicas e demos uma missão a eles de chegarem a um denominador comum", declarou o ministro após a reunião.
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