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Bolsonaro publica decreto que facilita convocação de militares da reserva

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, decreto não cria novos cargos e nem aumenta despesas da União - Alan Santos
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, decreto não cria novos cargos e nem aumenta despesas da União Imagem: Alan Santos

Lorenna Rodrigues e Daniel Weterman

Em Brasília

21/02/2022 11h39Atualizada em 21/02/2022 11h44

O presidente Jair Bolsonaro (PL) editou decreto que modifica regras relacionadas a militares da reserva que voltam a atuar na ativa.

O decreto 10.973, publicado no DOU (Diário Oficial da União) de hoje, prevê, entre outros pontos, que o militar da reserva designado para o serviço ativo terá "os direitos e os deveres previstos na legislação nas mesmas condições dos militares em serviço ativo".

O texto também facilita a convocação de militares da reserva ao acabar com restrições previstas no decreto anterior, como a de que o servidor só poderia voltar a atuar se não houvesse militar da ativa habilitado para exercer a mesma função.

O texto estabelece que esse grupo de militares — inativos designados para serviço ativo — poderá receber adicional de permanência, um "bônus" pago a servidores que já atingiram o tempo para a aposentadoria (ou transferência para a reserva), mas continuam trabalhando.

Esse adicional corresponde a um porcentual do salário do servidor e será pago para os militares que completarem na ativa 720 dias de trabalho a mais do que o tempo requerido para a inatividade remunerada.

O decreto não cria novos cargos e nem acarreta aumento de despesas, de acordo com nota da Secretaria-Geral da Presidência da República.

"A proposta não cria cargos, altera efetivos militares ou acarreta aumento de despesas, tratando-se de mera atualização do regulamento vigente", disse nota do governo.

O decreto é uma regulamentação do Executivo de um dispositivo do Estado dos Militares, que estabelece a convocação de integrantes da reserva em caráter transitório e mediante aceitação voluntária.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.