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Jaques Wagner desiste, e Otto Alencar deve disputar governo da BA em 2022

Atual governador da BA, Rui Costa, do PT, deve sair como candidato ao Senado - Jefferson Rudy/Agência Senado
Atual governador da BA, Rui Costa, do PT, deve sair como candidato ao Senado Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Bruno Luiz

Em Salvador

25/02/2022 09h05Atualizada em 25/02/2022 09h09

O senador Jaques Wagner (PT) ontem a líderes do partido que não vai ser candidato ao governo da Bahia.

Com isso, o senador Otto Alencar (PSD) deve disputar o Executivo estadual. O governador Rui Costa (PT) pretende concorrer ao Senado. A chapa seria discutida na noite de ontem entre os três e o senador Angelo Coronel (PSD).

A desistência de Wagner veio depois de Otto Alencar declarar que aceitaria entrar na corrida pelo governo. O senador participou ontem de reunião com a bancada baiana do PSD no Congresso.

Ele foi incentivado pelos correligionários a concorrer em outubro. Com o arranjo, o vice-governador João Leão (PP) deve assumir o Executivo baiano a partir de abril, quando Costa terá de renunciar para disputar o Senado. O PP articula indicar a vice na chapa de Otto Alencar.

Há pouco mais de uma semana, durante uma reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi discutida a possibilidade de Wagner desistir. Na ocasião, o senador não fez objeções à troca na cabeça de chapa e pediu apenas que houvesse uma solução que assegurasse a unidade do grupo.

Kassab

O movimento foi visto como um aceno de Lula ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, de quem tenta obter apoio para a candidatura à Presidência ainda no primeiro turno.

Após a reunião, Wagner publicou no Twitter que permanecia pré-candidato ao governo, enquanto Otto Alencar seguiu dando declarações públicas de que preferia tentar se reeleger senador.

As pressões de Costa para concorrer ao Senado, no entanto, levaram a uma mudança de planos.

Wagner, então, passou a admitir a possibilidade de abrir mão da disputa. O senador teve uma nova conversa sobre o assunto com Lula, na última segunda-feira (21), em São Paulo, na qual recebeu aval para prosseguir com a articulação em favor de Otto Alencar.

A ideia de abrir mão da cabeça de chapa não era bem aceita dentro do PT. O partido teme encolhimento das bancadas federal e estadual e avalia que uma campanha casada entre Lula e Wagner teria mais força contra ACM Neto (União Brasil), líder nas pesquisas.