Polícia investiga estudantes de veterinária por maus-tratos a uma vaca na PUC de Goiás
"Os caras saem da faculdade, enchem o rabo de cachaça, entram no pátio da PUC e vão mexer com os animais", narrou o autor do vídeo. Em um momento, um estudante cai no chão enquanto puxa o rabo do animal. Em seguida, a vaca consegue fugir, ele a cerca e monta.
A Associação Atlética Acadêmica Maria Ivete, do curso de medicina veterinária da PUC, publicou uma nota de repúdio em sua rede social e informou que os responsáveis pelo abuso não participarão mais de atividades da entidade. "O tratamento para com os animais a forma que vem sendo veiculada é tido como um exemplo de como um ser humano, em especial, um futuro médico veterinário não deve se comportar", reforçou em um trecho do documento.
O coordenador do curso, o professor Bruno de Souza Mariano, mostrou-se espantado com as ações dos discentes. "Tiveram atitudes totalmente reprovadas, que não são do bom comportamento da ética, da moral e do ensino que nós tanto aqui defendemos, cultivamos e ensinamos". O educador indicou ainda que os atos não serão esquecidos. "O esclarecimento deverá ser realizado da maneira que a situação requer."
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil através do Grupo de Proteção Animal (GPA), unidade judiciária especializada subordinada à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente de Goiás (DEMA). Ao Estadão, a delegada GPA, Simelli Lemes de Santana, explicou que um ofício foi enviado para a PUC e que a universidade já identificou alguns dos alunos.
"Estes comportamentos podem ser considerados crimes de maus-tratos. Para nós, o que conta é a ação que eles fizeram com a vaca no vídeo, como puxar a calda", frisou. Após retorno da universidade, uma perícia será solicitada para confirmar a atitude abusiva com os animais. O próximo passo então será a elaboração de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) - documento de conteúdo de valor jurídico para registro de um fato classificado como contravenção penal - e o agendamento de uma audiência. "Eles podem sofrer uma pena alternativas de até um ano, já que com bovinos é um crime de menor potencial ofensivo."
COM A PALAVRA, A PUC
Em comunicado oficial, a Pontifícia Universidade Católica de Goiás informou que, assim que teve conhecimento do fato, instaurou um procedimento disciplinar para averiguar as responsabilidades e determinar as sanções pertinentes. "O comportamento registrado na filmagem contraria os princípios da Instituição e infringe seu Regime Geral."
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