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Para 82%, voto em Bolsonaro é definitivo, diz CNT; 78% não mudarão voto em Lula

Lula e Bolsonaro -  Marlene Bergamo - 26.abr.2019/Folhapress e Adriano Machado - 10.mai.2021 /Reuters
Lula e Bolsonaro Imagem: Marlene Bergamo - 26.abr.2019/Folhapress e Adriano Machado - 10.mai.2021 /Reuters

Giordanna Neves e Matheus de Souza

São Paulo

10/05/2022 12h51

Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgada nesta quarta-feira (10) mostra que 78,1% dos entrevistados que têm a intenção de votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que a decisão é definitiva, enquanto 21,9% afirmam que "podem mudar". Dos eleitores que têm a intenção de votar no presidente Jair Bolsonaro (PL), 82,1% consideram que o voto é definitivo e 17,9% assumem que "podem mudar".

No caso de Ciro Gomes (PDT), 51% disseram que a escolha é definitiva e 49% podem mudar. Dos entrevistados que têm a intenção de votar em João Doria (PSDB), 34,9% consideram que o voto seja definitivo e 65,1% podem mudar.

Potencial de voto

Dos entrevistados, 28,2% disseram que "votariam com certeza" em Bolsonaro; 15,4% "poderia votar nele"; 53,9% não votariam "de jeito nenhum". Em relação a Lula, 35% afirmam que "votariam nele com certeza"; 18,6% poderiam votar nele; 44,1% não votariam de jeito nenhum. Se o candidato fosse Ciro Gomes (PDT), 4,3% dos entrevistados votariam nele "com certeza"; 39,5% poderia votar nele; 48,2% "não votaria de jeito nenhum".

João Doria (PSDB) é o pré-candidato que acumula maior rejeição. Dos entrevistados, 68% disseram que não votariam nele "de jeito nenhum"; 19% poderiam votar nele; e 1,5% votaria nele "com certeza".

A senadora Simone Tebet (MDB) acumula o maior nível de desconhecimento. Segundo a pesquisa, 48,5% dos entrevistados disseram que "não conhecem"; 37,5% não votariam "de jeito nenhum"; 10,4% poderia votar nela; e 1,2% votaria nela "com certeza".

Para evitar ou garantir a realização de um segundo turno nas eleições para presidente neste ano, 22,7% dos eleitores mudariam de voto, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A maioria deles, 70,5%, manteria o voto e 6,8% não souberam responder.

Questionados sobre quais situações fariam com que os entrevistados mudassem o voto no primeiro turno, 28,4% disseram que seria para "facilitar que alguém, que não seja Jair Bolsonaro (PL) ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possa ir para o segundo turno"; 25,7% afirmaram que seria para "dificultar uma vitória em primeiro turno de Jair Bolsonaro".

O levantamento mostra, ainda, que 21,5% mudariam o voto para "facilitar uma vitória em primeiro turno de Lula", enquanto 13,4% mudariam para "facilitar uma vitória em primeiro turno de Jair Bolsonaro". Outros 7,5% disseram que mudariam o voto para "dificultar uma vitória em primeiro turno de Lula".

Polarização

O levantamento da CNT mediu, ainda, a percepção dos entrevistados sobre a polarização na eleição presidencial de 2022. Para 45,7%, a disputa está "mais polarizada que na eleição 2018", enquanto 34,2% disseram que ocorre "da mesma forma que na eleição 2018". Apenas 11,6% consideram "menos polarizada que na eleição 2018".

Apesar de verem a eleição polarizada, 30,6% dos pesquisados avaliam que a construção de um nome alternativo ao ex-presidente e o atual algo "muito importante" e outros 32,3% como "importante para o País". Avaliaram como "pouco importante" a construção de uma alternativa 29,1%, e 8% não souberam responder.

No levantamento divulgado nesta terça-feira, foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 4 a 7 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob número BR-05757|2022.