Ibama suspende pulverização aérea ou total de inseticida à base de fipronil

Brasília, 03 - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu a aplicação de defensivos agrícolas à base de fipronil, informou o órgão em nota. A medida é válida para pulverização aérea ou foliar em área total, aquela aplicação não dirigida ao solo ou às plantas. "A medida visa a proteção aos insetos polinizadores até que o referido procedimento de reanálise do agrotóxico seja concluído pelo Ibama. O fipronil, ingrediente ativo de vários agrotóxicos, encontra-se sob reavaliação ambiental pelo Ibama desde setembro de 2022, em razão dos indícios de efeitos adversos graves às abelhas associados ao uso desses agrotóxicos, observados em estudos científicos e relatados em diversas partes do mundo", explicou o Ibama.

Segundo o instituto, as avaliações realizadas apontam para "risco ambiental inaceitável" às abelhas para os produtos à base do inseticida, decorrente da deriva da pulverização do produto. O Ibama justificou a decisão com base no "direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" e que a "proteção do meio ambiente auferida pelos princípios da precaução e da prevenção se dá com a implementação de medidas que possam prevenir a ocorrência de danos".

As indústrias que têm registros de defensivos com fipronil como ingrediente ativo têm o prazo de 90 dias para publicar folheto ou etiqueta com a advertência de que o produto é tóxico às abelhas e que não é permitida a aplicação aérea ou foliar não direcionada ao solo e às plantas.

O fipronil é um inseticida que age por contato e utilizado para controle de pragas por aplicação foliar para algodão e soja e para tratamento de sementes em algodão, arroz, feijão e milho.

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