(Continução)'Corrupção se combate com educação', diz Ordine
Ordine: Hoje, a regra principal é a velocidade, que é muito exaltada e vem muitas vezes acompanhada pela superficialidade e pela incapacidade de se aprofundar nas coisas.
O mito da velocidade, e no fundo o da superficialidade, não é visto apenas no mundo do jornalismo. A educação, por exemplo, também não pode ser veloz, ela tem que ter um percurso lento. Se os alunos forem estimulados pela superficialidade e pela velocidade, a escola tem que os educar à reflexão, à lentidão.
Por isso que eu penso que é uma grande estupidez pensar que a escola moderna seja a escola conectada, tecnológica, a escola onde cada estudante tenha um tablet. Isso está errado. A escola deve ser o lugar onde o aluno se desintoxica como se fosse um drogado. Por que os jovens passam horas do seu dia na internet. A escola deveria ensinar a eles a entender que o instrumento tecnológico é importante, mas só quando você o domina.
ANSA: Quais poderiam ser os primeiros passos para transformar a escola e a universidade? Ordine: Eu penso que a primeira coisa para ser feita é inverter o caminho, ou seja, não andar mais nessa direção da 'empresarização' da universidade. É tentar mostrar que a escola e a universidade devem ser lugares onde precisamos ensinar aos alunos valores alternativos aos valores que são dominantes na sociedade. Hoje, parece que a dignidade do homem é proporcional ao dinheiro que ele tem. E isso está errado por que você pode ter todo o dinheiro e nenhuma dignidade e o contrário também. A dignidade não está no dinheiro, está nos valores que nós somos capazes de passar. Então, devemos entender que a escola e a universidade são lugares onde podemos formar jovens com a capacidade de resistir à corrupção e hoje resistir à corrupção significa criar um benefício econômico para um país extraordinário. A corrupção empobrece, degrada a sociedade. E ela não é só combatida com a prisão, com as leis. Ela se combate principalmente com a educação. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O mito da velocidade, e no fundo o da superficialidade, não é visto apenas no mundo do jornalismo. A educação, por exemplo, também não pode ser veloz, ela tem que ter um percurso lento. Se os alunos forem estimulados pela superficialidade e pela velocidade, a escola tem que os educar à reflexão, à lentidão.
Por isso que eu penso que é uma grande estupidez pensar que a escola moderna seja a escola conectada, tecnológica, a escola onde cada estudante tenha um tablet. Isso está errado. A escola deve ser o lugar onde o aluno se desintoxica como se fosse um drogado. Por que os jovens passam horas do seu dia na internet. A escola deveria ensinar a eles a entender que o instrumento tecnológico é importante, mas só quando você o domina.
ANSA: Quais poderiam ser os primeiros passos para transformar a escola e a universidade? Ordine: Eu penso que a primeira coisa para ser feita é inverter o caminho, ou seja, não andar mais nessa direção da 'empresarização' da universidade. É tentar mostrar que a escola e a universidade devem ser lugares onde precisamos ensinar aos alunos valores alternativos aos valores que são dominantes na sociedade. Hoje, parece que a dignidade do homem é proporcional ao dinheiro que ele tem. E isso está errado por que você pode ter todo o dinheiro e nenhuma dignidade e o contrário também. A dignidade não está no dinheiro, está nos valores que nós somos capazes de passar. Então, devemos entender que a escola e a universidade são lugares onde podemos formar jovens com a capacidade de resistir à corrupção e hoje resistir à corrupção significa criar um benefício econômico para um país extraordinário. A corrupção empobrece, degrada a sociedade. E ela não é só combatida com a prisão, com as leis. Ela se combate principalmente com a educação. (ANSA)
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