Peças islâmicas 'escravizam' mulheres,diz co-fundador da YSL
PARIS, 30 MAR (ANSA) - O mercado fashion está cada vez mais se voltando para as mulheres muçulmanas. O fenômeno começou com o lançamento da grande maison italiana Dolce & Gabbana de uma coleção composta por luxuosos hijabs, os véus islâmicos, e abayas, vestidos longos que só não cobrem as mãos e os pés.
Agora, grandes capitais europeias como Londres e Paris estão lotadas de vitrines com looks islâmicos, o que já começou a exaltar os ânimos de muitas pessoas, pelos mais variados motivos.
Entre elas, está o co-fundador da grife francesa Saint Laurent Pierre Bergé que condenou o crescente surgimento de novas coleções destinadas a esse setor, dizendo a um programa no canal de rádio "Europe 1" que esse tipo de moda ajuda a "escravizar" as mulheres.
"Estou escandalizado. Fiquei cerca de 40 anos ao lado de Yves Saint Laurent e sempre acreditei que um estilista deve ter a função de embelezar as mulheres, de libertá-las e, em qualquer caso, de não ser cúmplice de uma ditadura que impõe que as mulheres fiquem escondidas", afirmou Bergé à emissora.
"E tudo isso para fazer dinheiro! Desculpe-me, mas eu acho que as convicções devem vir antes do dinheiro. Não é por que as mulheres são vestidas dessa maneira pelos seus maridos que devemos incentivar isso. Elas precisam aprender a se divertir e a se libertar", continuou o empresário francês.
A tendência das coleções islâmicas, no entanto, cresce a cada dia. Em 2019, por exemplo, o mercado da moda para mulheres muçulmanas deve representar um lucro de US$ 500 bilhões, o dobro se comparado com os dados de 2013.
Entre as marcas que já entraram no setor estão a sueca H&M, a japonesa Uniqlo e a britânica Marks & Spencer, que produzem abayas, hijabs e até os "burquinis", palavra que une burca com biquíni e que se equivale aos trajes de banho das mulheres muçulmanas.
Enquanto algumas pessoas concordam com Bergé, outras criticaram a posição "islamofóbica" do francês e dizem que o motivo pelo qual não gostam dos novos modelos é que são muito detalhados e luxuosos, uma concepção que vai contra à ideia de que essas peças de roupa devem passar modéstia e simplicidade. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Agora, grandes capitais europeias como Londres e Paris estão lotadas de vitrines com looks islâmicos, o que já começou a exaltar os ânimos de muitas pessoas, pelos mais variados motivos.
Entre elas, está o co-fundador da grife francesa Saint Laurent Pierre Bergé que condenou o crescente surgimento de novas coleções destinadas a esse setor, dizendo a um programa no canal de rádio "Europe 1" que esse tipo de moda ajuda a "escravizar" as mulheres.
"Estou escandalizado. Fiquei cerca de 40 anos ao lado de Yves Saint Laurent e sempre acreditei que um estilista deve ter a função de embelezar as mulheres, de libertá-las e, em qualquer caso, de não ser cúmplice de uma ditadura que impõe que as mulheres fiquem escondidas", afirmou Bergé à emissora.
"E tudo isso para fazer dinheiro! Desculpe-me, mas eu acho que as convicções devem vir antes do dinheiro. Não é por que as mulheres são vestidas dessa maneira pelos seus maridos que devemos incentivar isso. Elas precisam aprender a se divertir e a se libertar", continuou o empresário francês.
A tendência das coleções islâmicas, no entanto, cresce a cada dia. Em 2019, por exemplo, o mercado da moda para mulheres muçulmanas deve representar um lucro de US$ 500 bilhões, o dobro se comparado com os dados de 2013.
Entre as marcas que já entraram no setor estão a sueca H&M, a japonesa Uniqlo e a britânica Marks & Spencer, que produzem abayas, hijabs e até os "burquinis", palavra que une burca com biquíni e que se equivale aos trajes de banho das mulheres muçulmanas.
Enquanto algumas pessoas concordam com Bergé, outras criticaram a posição "islamofóbica" do francês e dizem que o motivo pelo qual não gostam dos novos modelos é que são muito detalhados e luxuosos, uma concepção que vai contra à ideia de que essas peças de roupa devem passar modéstia e simplicidade. (ANSA)
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