Assassinos de juiz que perseguia máfia podem pegar perpétua
CALTANISSETTA, 27 MAI (ANSA) - A procuradora-adjunta de Caltanissetta (Sicília), Lia Sava, pediu uma pena de prisão perpétua para cinco envolvidos no caso da emboscada em Palermo que matou em 1992 o juiz Giovanne Falcone, um dos maiores protagonistas na luta contra a máfia italiana, sua esposa, Francesca Morvillo e os seguranças Rocco Dicillo, Antonio Montinaro e Vito Schifani.
O pedido da Procuradoria, divulgado nesta sexta-feira (27), solicita a pena para Salvatore 'Salvino' Madonia, Cosimo Lo Nigro, Giorgio Pizzo, Lorenzo Tinnirello e Vittorio Tutino por todos terem "papéis-chave" na compra de explosivos e na colocação dos mesmos na estrada.
No dia 23 de maio de 1992, os mafiosos colocaram explosivos próximo à saída de Capeci, na estrada A29, que liga o aeroporto à cidade de Palermo. A explosão foi tão intensa que foi marcada por sismógrafos, que detectam atividade de terremotos.
Esse é o terceiro julgamento sobre o caso da morte de Falcone.
Em 1993, o mafioso chamado de "chefe dos chefes", Toto Riina, foi preso e, atualmente, cumpre 12 penas de prisão perpétua pelo assassinato do Falcone e por outros crimes hediondos.
"Nós vamos continuar perseguindo a verdade. Nós temos a obrigação moral e jurídica de fazer isso porque nós sabemos que, certamente, nem tudo foi esclarecido nos procedimentos anteriores", destacou Sava.
Falcone é considerado um dos "maiores exemplos" de combate à máfia na Itália entre o fim dos anos 1980 e o início da década de 1990. Segundo as ações anteriores, foi constatado que toda a ação foi planejada pelo grupo Cosa Nostra. O juiz é ainda uma das maiores inspirações do juiz federal brasileiro Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O pedido da Procuradoria, divulgado nesta sexta-feira (27), solicita a pena para Salvatore 'Salvino' Madonia, Cosimo Lo Nigro, Giorgio Pizzo, Lorenzo Tinnirello e Vittorio Tutino por todos terem "papéis-chave" na compra de explosivos e na colocação dos mesmos na estrada.
No dia 23 de maio de 1992, os mafiosos colocaram explosivos próximo à saída de Capeci, na estrada A29, que liga o aeroporto à cidade de Palermo. A explosão foi tão intensa que foi marcada por sismógrafos, que detectam atividade de terremotos.
Esse é o terceiro julgamento sobre o caso da morte de Falcone.
Em 1993, o mafioso chamado de "chefe dos chefes", Toto Riina, foi preso e, atualmente, cumpre 12 penas de prisão perpétua pelo assassinato do Falcone e por outros crimes hediondos.
"Nós vamos continuar perseguindo a verdade. Nós temos a obrigação moral e jurídica de fazer isso porque nós sabemos que, certamente, nem tudo foi esclarecido nos procedimentos anteriores", destacou Sava.
Falcone é considerado um dos "maiores exemplos" de combate à máfia na Itália entre o fim dos anos 1980 e o início da década de 1990. Segundo as ações anteriores, foi constatado que toda a ação foi planejada pelo grupo Cosa Nostra. O juiz é ainda uma das maiores inspirações do juiz federal brasileiro Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato. (ANSA)
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