Itália quer criar 'força-tarefa' para derrotar feminicídio
ROMA, 11 JUN (ANSA) - A ministra para as Reformas Constitucionais e Relações com o Parlamento, Maria Elena Boschi, informou que quer convocar uma espécie de "força-tarefa" para combater os casos de assassinatos de mulheres na Itália.
"Estamos preparando a equipe e quero ainda incluir alguns consultores. Há fundos de 12 milhões de euros para isso e nós podemos fazer muito", disse Boschi neste sábado (11) ao jornal "Corriere della Sera".
Ao ser questionada se o problema para combater o problema eram as leis, a ministra ressaltou que "as leis existem, mas o problema é a formação e a educação".
"Para derrotar o feminicídio é preciso começar com as famílias.
Se olharmos com frieza os dados do Ministério do Interior, vemos que nos cinco primeiros meses de 2016 o fenômeno diminuiu 20% na comparação com 2015. Esses números devem guiar, mas não servem para nada diante de uma mãe, de um irmão ou de uma amiga", ressaltou.
Segundo a titular da pasta, considerada o braço-direito do primeiro-ministro Matteo Renzi, houve avanços na questão na Itália e "agora" os policiais e as equipes de segurança "têm mais consciência e são mais atentas às vítimas de stalking e de violência".
Apesar dos dados oficiais apontarem uma queda no número de feminicídios, desde o início de 2016, 51 mulheres perderam a vida por ação violenta de seus parentes ou de atuais ou ex-companheiros, segundo dados da "Telefone Rosa".
Desde a pequena Samantha, 3 anos, até senhora Bonaria, de 80 anos, essas mulheres passaram por traumas violentos antes de falecerem. Ontem (10) mesmo, a jovem Sara di Pientrantonio foi enterrada após ter sido queimada em um carro por seu ex-namorado. (ANSA)
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