Em tom de guerra,Dilma ataca Temer e denuncia golpe misógino
SÃO PAULO, 31 AGO (ANSA) - Vestindo o vermelho do partido que lhe levou ao poder, Dilma Rousseff se despediu da Presidência nesta quarta-feira (31) com um discurso inflamado e prometendo recorrer "a todas as instâncias possíveis" contra um "golpe parlamentar" que chamou de "misógino, homofóbico e racista".
Cercada de apoiadoras, a primeira mulher eleita presidente do Brasil disse que o Senado tomou uma decisão que entra para a história como uma das "grandes injustiças" do país. "Os senadores votaram pelo impeachment, decidiram rasgar a Constituição Federal. Decidiram pela interrupção do mandato de uma presidenta que não cometeu crime de responsabilidade e condenaram uma inocente, culminando em um golpe parlamentar", afirmou.
Segundo Dilma, ela foi vítima de políticos "desesperados para escapar dos braços da justiça", que "não ascendem ao poder pelo voto direto e apropriam-se dele por meio de um golpe de Estado".
"É uma inequívoca eleição indireta, na qual 61 senadores substituem 54,5 milhões de votos. É uma fraude contra a qual vamos recorrer em todas as instâncias possíveis", acrescentou.
A agora ex-presidente ressaltou que o "projeto nacional progressista e democrático" que representa foi interrompido por uma "força conservadora e reacionária apoiada por uma imprensa facciosa".
"Acabam de derrubar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil sem que haja justificativa constitucional. Mas o golpe não foi contra mim e meu partido. Isso foi apenas o começo. O golpe vai atingir qualquer organização política democrática. O golpe é contra a nação, é misógino, homofóbico e racista", disse.
Dilma ainda prometeu que fará a "mais determinada oposição" que um "governo golpista pode sofrer", em uma quase declaração de guerra contra Michel Temer.
"Saio como entrei, sem ter cometido qualquer ato ilícito, carregando no peito o mesmo amor e admiração pelos brasileiros e brasileiras. Eu vivi a minha verdade, dei o melhor de minha capacidade. Travei bons combates, perdi alguns e venci muitos.
Neste momento, me inspiro em Darcy Ribeiro para dizer: não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A historia será implacável com eles", declarou. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Cercada de apoiadoras, a primeira mulher eleita presidente do Brasil disse que o Senado tomou uma decisão que entra para a história como uma das "grandes injustiças" do país. "Os senadores votaram pelo impeachment, decidiram rasgar a Constituição Federal. Decidiram pela interrupção do mandato de uma presidenta que não cometeu crime de responsabilidade e condenaram uma inocente, culminando em um golpe parlamentar", afirmou.
Segundo Dilma, ela foi vítima de políticos "desesperados para escapar dos braços da justiça", que "não ascendem ao poder pelo voto direto e apropriam-se dele por meio de um golpe de Estado".
"É uma inequívoca eleição indireta, na qual 61 senadores substituem 54,5 milhões de votos. É uma fraude contra a qual vamos recorrer em todas as instâncias possíveis", acrescentou.
A agora ex-presidente ressaltou que o "projeto nacional progressista e democrático" que representa foi interrompido por uma "força conservadora e reacionária apoiada por uma imprensa facciosa".
"Acabam de derrubar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil sem que haja justificativa constitucional. Mas o golpe não foi contra mim e meu partido. Isso foi apenas o começo. O golpe vai atingir qualquer organização política democrática. O golpe é contra a nação, é misógino, homofóbico e racista", disse.
Dilma ainda prometeu que fará a "mais determinada oposição" que um "governo golpista pode sofrer", em uma quase declaração de guerra contra Michel Temer.
"Saio como entrei, sem ter cometido qualquer ato ilícito, carregando no peito o mesmo amor e admiração pelos brasileiros e brasileiras. Eu vivi a minha verdade, dei o melhor de minha capacidade. Travei bons combates, perdi alguns e venci muitos.
Neste momento, me inspiro em Darcy Ribeiro para dizer: não gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A historia será implacável com eles", declarou. (ANSA)
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