Israel se desculpa com Itália por fala de vice-ministro
TEL AVIV, 29 OUT (ANSA) - O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon, pediu desculpas públicas por uma fala do vice-ministro de Cooperação Regional de Israel, Ayoob Kara, que afirmou que os dois terremotos que atingiram a Itália nesta semana foram "uma punição divina".
"Condenamos as palavras de Ayoob Kara. São inapropriadas e não devem ser pronunciadas. O vice-ministro se desculpou por isso e nos associamos a esse pedido de desculpas", disse Nahshon neste sábado (29). Segundo o representante da Chancelaria, o premier Benjamin Netanyahu irá questionar pessoalmente Kara "o mais rápido possível".
Nesta sexta-feira (28), enquanto estava em missão no Vaticano, Kara deu uma entrevista ao site "Ynet" sobre a sensação de vivenciar os terremotos que ocorreram na última quarta-feira (26). "Passar por um terremoto não foi a experiência mais agradável, mas tínhamos confiança que a Santa Sé nos protegeria.
Tenho certeza que o terremoto ocorreu por causa da decisão da Unesco, que o Papa desaprovou fortemente", disse o vice-ministro ao portal.
Kara se referia ao texto aprovado pela Unesco na semana passada sobre o patrimônio cultural dos palestinos. Como as Nações Unidas não reconhecem a indexação da chamada "Cidade Velha" de Jerusalém por Israel, uma moção aprovada pela entidade não reconheceu o "Monte do Templo" como patrimônio de Israel, chamando-o apenas pela denominação palestina de "Esplanada das Mesquitas".
A Itália se absteve de votar na moção, mas o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, chamou a medida de "alucinante" e chegou a pedir explicações para o chanceler Paolo Gentiloni. Pela postura de Renzi, Netanyahu apaziguou a crise com os italianos e compreendeu a posição. Porém, a fala de Kara pode reacender o clima tenso entre as duas nações às vésperas da visita do presidente Sergio Mattarella a Israel.
Ainda na noite de ontem, fontes da Embaixada de Israel em Roma afirmaram à ANSA que a postura do vice-ministro não "representavam" a opinião do Estado israelense.
"As palavras atribuídas ao vice-ministro Kara não representam absolutamente a posição do Estado de Israel. Haverá um controle sobre o caso. Israel tem a máxima consideração por suas importantes e amigáveis relações com a Itália e está próxima ao povo italiano pelos trágicos terremotos", disse um dos representantes diplomáticos, que pediu anonimato. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Condenamos as palavras de Ayoob Kara. São inapropriadas e não devem ser pronunciadas. O vice-ministro se desculpou por isso e nos associamos a esse pedido de desculpas", disse Nahshon neste sábado (29). Segundo o representante da Chancelaria, o premier Benjamin Netanyahu irá questionar pessoalmente Kara "o mais rápido possível".
Nesta sexta-feira (28), enquanto estava em missão no Vaticano, Kara deu uma entrevista ao site "Ynet" sobre a sensação de vivenciar os terremotos que ocorreram na última quarta-feira (26). "Passar por um terremoto não foi a experiência mais agradável, mas tínhamos confiança que a Santa Sé nos protegeria.
Tenho certeza que o terremoto ocorreu por causa da decisão da Unesco, que o Papa desaprovou fortemente", disse o vice-ministro ao portal.
Kara se referia ao texto aprovado pela Unesco na semana passada sobre o patrimônio cultural dos palestinos. Como as Nações Unidas não reconhecem a indexação da chamada "Cidade Velha" de Jerusalém por Israel, uma moção aprovada pela entidade não reconheceu o "Monte do Templo" como patrimônio de Israel, chamando-o apenas pela denominação palestina de "Esplanada das Mesquitas".
A Itália se absteve de votar na moção, mas o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, chamou a medida de "alucinante" e chegou a pedir explicações para o chanceler Paolo Gentiloni. Pela postura de Renzi, Netanyahu apaziguou a crise com os italianos e compreendeu a posição. Porém, a fala de Kara pode reacender o clima tenso entre as duas nações às vésperas da visita do presidente Sergio Mattarella a Israel.
Ainda na noite de ontem, fontes da Embaixada de Israel em Roma afirmaram à ANSA que a postura do vice-ministro não "representavam" a opinião do Estado israelense.
"As palavras atribuídas ao vice-ministro Kara não representam absolutamente a posição do Estado de Israel. Haverá um controle sobre o caso. Israel tem a máxima consideração por suas importantes e amigáveis relações com a Itália e está próxima ao povo italiano pelos trágicos terremotos", disse um dos representantes diplomáticos, que pediu anonimato. (ANSA)
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