Banco mais antigo do mundo não consegue aumentar capital (2)
MILÃO, 22 DEZ (ANSA) - O conselho de administração do Monte dei Paschi di Siena (MPS), o banco mais antigo do mundo, anunciou nesta quinta-feira (22) que não conseguiu os 5 bilhões de euros necessários para aumentar seu capital.
Agora, é provável que a instituição seja salva pelo governo italiano, já que o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, solicitou às comissões de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado uma autorização para fazer esse tipo de procedimento.
Em nota, o conselho agradece, apesar do fracasso, "a todos os funcionários pelo grande esforço realizado no serviço do banco e dos clientes neste delicado momento da vida do instituto".
A operação do recolhimento de fundos foi anunciada no dia 25 de outubro e uma prorrogação da tentativa de recolher o dinheiro foi rejeitada pelo Banco Central Europeu (BCE) no dia 9 deste mês. A ideia do conselho erra arrecadar esse dinheiro para permitir uma desconsolidação dos chamados créditos deteriorados, aqueles que dificilmente serão quitados, e para reforçar o patrimônio bancário.
O MPS informou ainda no comunicado que as obrigações subordinadas conferidas àqueles que aderiram às ofertas LME serão restituídas aos respectivos portadores nos termos indicados na documentação relativa à oferta.
O banco ainda divulgou que os "bancos de negócios envolvidos em vários títulos do consórcio [...], incluindo IVI, JP Morgan e Mediobanca, não receberão nenhuma comissão".
Segundo dados do BCE, o MPS só terá liquidez para mais 23 dias, ou seja, só terá dinheiro para pagar seus próprios custos por esse período.
Entenda - Fundado em 1472, na cidade toscana de Siena, o Monte dei Paschi vive há anos uma grave crise financeira que o deixou à beira da insolvência. A principal razão para isso é a elevada presença de créditos deteriorados - empréstimos que dificilmente serão pagos - em sua carteira. Outros bancos italianos vivem situação semelhante, mas o MPS é o mais exposto de todos, com um terço de sua carteira tomada por ativos tóxicos. Há muitos motivos para o aumento do nível de créditos deteriorados na instituição, e uma delas certamente é a crise econômica que atinge a Itália desde 2008. Com a piora do cenário financeiro e o crescimento do desemprego, muitas pessoas e empresas não conseguiram mais pagar as prestações dos empréstimos tomados, aumentando a inadimplência. No entanto, essa situação também explica-se pela negligência de dirigentes bancários que sempre usaram a amizade para fazer negócios, emprestando a companhias e políticos próximos quantias vultosas que dificilmente seriam restituídas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Agora, é provável que a instituição seja salva pelo governo italiano, já que o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, solicitou às comissões de Orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado uma autorização para fazer esse tipo de procedimento.
Em nota, o conselho agradece, apesar do fracasso, "a todos os funcionários pelo grande esforço realizado no serviço do banco e dos clientes neste delicado momento da vida do instituto".
A operação do recolhimento de fundos foi anunciada no dia 25 de outubro e uma prorrogação da tentativa de recolher o dinheiro foi rejeitada pelo Banco Central Europeu (BCE) no dia 9 deste mês. A ideia do conselho erra arrecadar esse dinheiro para permitir uma desconsolidação dos chamados créditos deteriorados, aqueles que dificilmente serão quitados, e para reforçar o patrimônio bancário.
O MPS informou ainda no comunicado que as obrigações subordinadas conferidas àqueles que aderiram às ofertas LME serão restituídas aos respectivos portadores nos termos indicados na documentação relativa à oferta.
O banco ainda divulgou que os "bancos de negócios envolvidos em vários títulos do consórcio [...], incluindo IVI, JP Morgan e Mediobanca, não receberão nenhuma comissão".
Segundo dados do BCE, o MPS só terá liquidez para mais 23 dias, ou seja, só terá dinheiro para pagar seus próprios custos por esse período.
Entenda - Fundado em 1472, na cidade toscana de Siena, o Monte dei Paschi vive há anos uma grave crise financeira que o deixou à beira da insolvência. A principal razão para isso é a elevada presença de créditos deteriorados - empréstimos que dificilmente serão pagos - em sua carteira. Outros bancos italianos vivem situação semelhante, mas o MPS é o mais exposto de todos, com um terço de sua carteira tomada por ativos tóxicos. Há muitos motivos para o aumento do nível de créditos deteriorados na instituição, e uma delas certamente é a crise econômica que atinge a Itália desde 2008. Com a piora do cenário financeiro e o crescimento do desemprego, muitas pessoas e empresas não conseguiram mais pagar as prestações dos empréstimos tomados, aumentando a inadimplência. No entanto, essa situação também explica-se pela negligência de dirigentes bancários que sempre usaram a amizade para fazer negócios, emprestando a companhias e políticos próximos quantias vultosas que dificilmente seriam restituídas. (ANSA)
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