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Lula é candidato com maior potencial de votos para 2018

20/04/2017 11h31

RIO DE JANEIRO, 20 ABR (ANSA) - Uma pesquisa divulgada pelo Ibope nesta quinta-feira (20) mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o candidato para 2018 com "maior potencial de votos" entre nove nomes apresentados no estudo.   


Segundo o levantamento, 30% dos entrevistados afirmaram que votariam em Lula "com certeza" no pleito do no que vem, enquanto 17% disseram que "poderiam votar" e 51% disseram que não votariam "de jeito nenhum".   


Ainda de acordo com a pesquisa, a rejeição ao nome do líder do Partido dos Trabalhadores caiu 14% desde o processo que levou ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff e apresenta queda mesmo com as cinco denúncias contra ele apresentadas pela Operação Lava Jato.   


Entre os concorrentes de Lula, os três principais expoentes do PSDB - José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves - viram cair seus percentuais. Enquanto o ex-chanceler tem 25% dos votos "certos" ou que poderiam votar, Aécio tem 22% e o governador de São Paulo tem 22%. Todos também tem taxas de rejeição - ou seja, os eleitores que não votariam de jeito nenhum - maiores que a de Lula: 62% disseram que não votariam em Aécio, 58% em Serra e 54% em Alckmin.   


A pesquisa testou, pela primeira vez, o nome do atual prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), como um presidenciável. Apesar de 44% dos entrevistados desconhecerem o nome do tucano, ele já teria 24% dos votos certos ou que poderiam ocorrer e uma baixa taxa de rejeição, de 32%.   


As respostas foram coletadas entre os dias 7 e 11 de abril com 2.002 pessoas em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.   


- Lula diz que, se puder, será candidato: Em entrevista à rádio "Fan FM" de Sergipe, Lula afirmou que "se puder" será o candidato do PT nas eleições presidenciais de 2018. "Vamos esperar o tempo passar, para a gente saber quem é que pode ser candidato, se eu posso ser candidato, se eu não posso ser", disse o ex-presidente.   


Apesar de não citar a Operação Lava Jato ou a famosa lista de delações da Odebrecht - que inclui seu nome e dos tucanos com exceção de Doria -, a referência foi clara aos processo judiciais às quais ele responde.   


Questionado sobre as pesquisas, Lula afirmou que ainda é cedo para falar sobre o tema "já que faltam praticamente dois anos para as eleições". "Tenho condições de ganhar as eleições porque eu sei cuidar das pessoas mais humildes. Governar esse país é cuidar de quem mais precisa. Rico não precisa de governo", disse ainda. (ANSA)
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