Mafiosos pegam prisão perpétua por morte de Borsellino
PALERMO, 20 ABR (ANSA) - A Corte de Apelação de Caltanissetta, na região italiana da Sicília, condenou nesta quinta-feira (20) dois mafiosos à prisão perpétua pelo atentado que tirou a vida do juiz Paolo Borsellino, em 1992.
Salvo Madonia e Vittorio Tutino foram considerados os mandantes e executores do crime, que também vitimou cinco agentes da escolta do magistrado. Já Francesco Andriotta e Calogero Pulci foram condenados a 10 anos de prisão cada um por calúnia em suas delações premiadas à Justiça. Vincenzo Scarantino, acusado pelo mesmo delito, foi absolvido.
"Estamos satisfeitos. O êxito desse processo tem um caráter positivo não apenas para nós, mas também para os familiares das vítimas", disse o procurador da República em Caltanissetta, Amedeo Bertone.
Ao lado de Giovanni Falcone, Borsellino liderava as investigações contra a máfia na Sicília, a chamada "Cosa Nostra", o que o colocou na mira dos criminosos. No dia 19 de julho de 1992, em Palermo, um Fiat 126 repleto de explosivos foi detonado em frente à casa da mãe do juiz, justamente no momento em que ele chegava.
Nos anos 1990, Scarantino, um bandido comum, havia se declarado autor do furto do carro usado no ataque, informação que foi confirmada por Andriotta, um ex-companheiro de cela, e Pulci, um mafioso arrependido.
Contudo, em 2008, outro ex-membro da máfia, Gaspare Spatuzza, contou que ele era quem havia furtado o Fiat 126, contradizendo as delações anteriores. Investigados novamente, os três confessaram que mentiram em suas colaborações com a Justiça.
Scarantino e Andriotta se justificaram denunciando pressões psicológicas dos promotores, enquanto Pulci alegou ter agido por conta própria.
O mesmo Spatuzza também revelou ter furtado o veículo ao lado de Tutino, a mando de uma comissão da Cosa Nostra da qual Madonia fazia parte. Este último já havia sido condenado em segundo grau à prisão perpétua pelo "massacre de Capaci", que matou Falcone, sua esposa e três agentes da escolta. Já Tutino foi absolvido do assassinato do colega de Borsellino pela mesma Corte de Apelação de Caltanissetta. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Salvo Madonia e Vittorio Tutino foram considerados os mandantes e executores do crime, que também vitimou cinco agentes da escolta do magistrado. Já Francesco Andriotta e Calogero Pulci foram condenados a 10 anos de prisão cada um por calúnia em suas delações premiadas à Justiça. Vincenzo Scarantino, acusado pelo mesmo delito, foi absolvido.
"Estamos satisfeitos. O êxito desse processo tem um caráter positivo não apenas para nós, mas também para os familiares das vítimas", disse o procurador da República em Caltanissetta, Amedeo Bertone.
Ao lado de Giovanni Falcone, Borsellino liderava as investigações contra a máfia na Sicília, a chamada "Cosa Nostra", o que o colocou na mira dos criminosos. No dia 19 de julho de 1992, em Palermo, um Fiat 126 repleto de explosivos foi detonado em frente à casa da mãe do juiz, justamente no momento em que ele chegava.
Nos anos 1990, Scarantino, um bandido comum, havia se declarado autor do furto do carro usado no ataque, informação que foi confirmada por Andriotta, um ex-companheiro de cela, e Pulci, um mafioso arrependido.
Contudo, em 2008, outro ex-membro da máfia, Gaspare Spatuzza, contou que ele era quem havia furtado o Fiat 126, contradizendo as delações anteriores. Investigados novamente, os três confessaram que mentiram em suas colaborações com a Justiça.
Scarantino e Andriotta se justificaram denunciando pressões psicológicas dos promotores, enquanto Pulci alegou ter agido por conta própria.
O mesmo Spatuzza também revelou ter furtado o veículo ao lado de Tutino, a mando de uma comissão da Cosa Nostra da qual Madonia fazia parte. Este último já havia sido condenado em segundo grau à prisão perpétua pelo "massacre de Capaci", que matou Falcone, sua esposa e três agentes da escolta. Já Tutino foi absolvido do assassinato do colega de Borsellino pela mesma Corte de Apelação de Caltanissetta. (ANSA)
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