Novo atentado do EI assusta Paris a 3 dias de eleições
PARIS, 20 ABR (ANSA) - Um tiroteio na noite desta quinta-feira (20) deixou um policial morto e outros dois gravemente feridos na Champs-Élysées, a avenida mais célebre de Paris, capital da França.
O Ministério do Interior confirmou que o agressor também morreu, mas sua identidade permanece desconhecida. A região foi evacuada pelas forças de segurança, que pediram para a população evitar a zona, uma das mais movimentadas da capital.
O episódio ocorreu por volta de 21h (16h em Brasília), na altura do número 100 da avenida, em frente a uma loja da rede varejista britânica "Marks & Spencer", a poucos metros do Arco do Triunfo.
Armado de um fuzil, o atirador parou seu carro em um semáforo na Champs-Élysées e disparou contra uma viatura estacionada entre as estações Franklin-Roosevelt e Georges V do metrô. Ele só foi neutralizado após matar um policial e ferir outros dois.
Em pronunciamento direto do Palácio do Eliseu, o presidente François Hollande afirmou estar convencido de que as pistas do tiroteio são de "ordem terrorista". Além disso, o mandatário convocou uma reunião do Conselho de Defesa para as 8h (horário local) desta sexta (21).
"Vamos ser absolutamente vigilantes, principalmente por causa do processo eleitoral", declarou. Hollande também enviou suas condolências às famílias do policial morto e dos dois feridos no ataque. "O apoio da nação é total às forças de segurança", acrescentou o mandatário, prometendo "grande determinação" para lutar contra o terrorismo.
Reivindicação - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque, que é investigado pela seção antiterrorismo da Procuradoria de Paris. Segundo o portal "Site", que monitora atividades extremistas na internet, a "Amaq", agência oficial do EI, disse que a ação foi cometida por um de seus soldados, Abu Yusuf al Beljiki, apelidado de "O Belga".
A reivindicação é diferente da maioria daquelas realizadas pelo Estado Islâmico, já que surgiu antes mesmo de a identidade do agressor ser divulgada oficialmente pela Polícia, o que indica familiaridade do grupo com os planos para o atentado.
As forças de segurança realizaram uma operação de busca e apreensão no apartamento do agressor, situado em Chelles, a 30 km do centro de Paris. O atirador já seria um velho conhecido da Polícia e estava na lista de suspeitos de radicalização.
Também teria sido emitido um mandado de captura para um segundo suspeito, que estaria em fuga para a Bélgica.
Reações - "Emoção e solidariedade pela nossa Polícia, mais uma vez tomada como alvo", escreveu no Twitter a candidata ultranacionalista à Presidência da França, Marine Le Pen, que aparece em segundo lugar nas pesquisas. O líder nas sondagens, o centrista Emmanuel Macron, também enviou sua solidariedade às forças de segurança. "A primeira missão do presidente é proteger a França", afirmou.
Já o socialista Benoît Hamon usou a mesma rede social para mandar seus pensamentos ao agente morto. "Apoio total às nossas forças de ordem contra o terrorismo", acrescentou.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recebera a notícia do tiroteio durante uma reunião com o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, enviou suas condolências à França. "Parece terrorismo, não acaba nunca, precisamos ficar fortes e atentos", disse. Gentiloni também lamentou o ataque e declarou que o país vive um momento "muito delicado".
Eleições - O incidente aconteceu a apenas três dias das eleições presidenciais e pouco mais de 24 horas depois da prisão de dois supostos terroristas que estariam planejando cometer atentados contra os candidatos. Os suspeitos foram capturados em Marselha, onde Le Pen faria um comício.
Além disso, os serviços de segurança estão em alerta máximo para o risco de ataques na votação do próximo domingo (23). Por conta disso, os candidatos tiveram sua escolta reforçada. Le Pen e o conservador François Fillon também cancelaram seus comícios marcados para esta sexta-feira, último dia de campanha do primeiro turno.
A disputa pelo Palácio do Eliseu tem sido bastante acirrada, com quatro candidatos separados por menos de 10 pontos nas pesquisas de intenção de voto. Como mais de 30% dos eleitores continuam indecisos, qualquer fato novo pode se tornar crucial.
A França é o país da Europa que mais sofreu atentados terroristas nos últimos anos, incluindo o massacre na redação do jornal "Charlie Hebdo", que matou 12 pessoas em janeiro de 2015, e a série de ataques em Paris em novembro do mesmo ano, que fez 130 vítimas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O Ministério do Interior confirmou que o agressor também morreu, mas sua identidade permanece desconhecida. A região foi evacuada pelas forças de segurança, que pediram para a população evitar a zona, uma das mais movimentadas da capital.
O episódio ocorreu por volta de 21h (16h em Brasília), na altura do número 100 da avenida, em frente a uma loja da rede varejista britânica "Marks & Spencer", a poucos metros do Arco do Triunfo.
Armado de um fuzil, o atirador parou seu carro em um semáforo na Champs-Élysées e disparou contra uma viatura estacionada entre as estações Franklin-Roosevelt e Georges V do metrô. Ele só foi neutralizado após matar um policial e ferir outros dois.
Em pronunciamento direto do Palácio do Eliseu, o presidente François Hollande afirmou estar convencido de que as pistas do tiroteio são de "ordem terrorista". Além disso, o mandatário convocou uma reunião do Conselho de Defesa para as 8h (horário local) desta sexta (21).
"Vamos ser absolutamente vigilantes, principalmente por causa do processo eleitoral", declarou. Hollande também enviou suas condolências às famílias do policial morto e dos dois feridos no ataque. "O apoio da nação é total às forças de segurança", acrescentou o mandatário, prometendo "grande determinação" para lutar contra o terrorismo.
Reivindicação - O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque, que é investigado pela seção antiterrorismo da Procuradoria de Paris. Segundo o portal "Site", que monitora atividades extremistas na internet, a "Amaq", agência oficial do EI, disse que a ação foi cometida por um de seus soldados, Abu Yusuf al Beljiki, apelidado de "O Belga".
A reivindicação é diferente da maioria daquelas realizadas pelo Estado Islâmico, já que surgiu antes mesmo de a identidade do agressor ser divulgada oficialmente pela Polícia, o que indica familiaridade do grupo com os planos para o atentado.
As forças de segurança realizaram uma operação de busca e apreensão no apartamento do agressor, situado em Chelles, a 30 km do centro de Paris. O atirador já seria um velho conhecido da Polícia e estava na lista de suspeitos de radicalização.
Também teria sido emitido um mandado de captura para um segundo suspeito, que estaria em fuga para a Bélgica.
Reações - "Emoção e solidariedade pela nossa Polícia, mais uma vez tomada como alvo", escreveu no Twitter a candidata ultranacionalista à Presidência da França, Marine Le Pen, que aparece em segundo lugar nas pesquisas. O líder nas sondagens, o centrista Emmanuel Macron, também enviou sua solidariedade às forças de segurança. "A primeira missão do presidente é proteger a França", afirmou.
Já o socialista Benoît Hamon usou a mesma rede social para mandar seus pensamentos ao agente morto. "Apoio total às nossas forças de ordem contra o terrorismo", acrescentou.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recebera a notícia do tiroteio durante uma reunião com o primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, enviou suas condolências à França. "Parece terrorismo, não acaba nunca, precisamos ficar fortes e atentos", disse. Gentiloni também lamentou o ataque e declarou que o país vive um momento "muito delicado".
Eleições - O incidente aconteceu a apenas três dias das eleições presidenciais e pouco mais de 24 horas depois da prisão de dois supostos terroristas que estariam planejando cometer atentados contra os candidatos. Os suspeitos foram capturados em Marselha, onde Le Pen faria um comício.
Além disso, os serviços de segurança estão em alerta máximo para o risco de ataques na votação do próximo domingo (23). Por conta disso, os candidatos tiveram sua escolta reforçada. Le Pen e o conservador François Fillon também cancelaram seus comícios marcados para esta sexta-feira, último dia de campanha do primeiro turno.
A disputa pelo Palácio do Eliseu tem sido bastante acirrada, com quatro candidatos separados por menos de 10 pontos nas pesquisas de intenção de voto. Como mais de 30% dos eleitores continuam indecisos, qualquer fato novo pode se tornar crucial.
A França é o país da Europa que mais sofreu atentados terroristas nos últimos anos, incluindo o massacre na redação do jornal "Charlie Hebdo", que matou 12 pessoas em janeiro de 2015, e a série de ataques em Paris em novembro do mesmo ano, que fez 130 vítimas. (ANSA)
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