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Padre italiano 'rebelde' é removido de paróquia em Palermo

26/06/2017 13h19

PALERMO, 26 JUN (ANSA) - A Arquidiocese de Palermo, na Itália, informou nesta segunda-feira (26) que retirou do posto de pároco da igreja San Giovanni Bosco, em Romagnolo, o religioso dom Alessandro Minutella por comportamento inapropriado no cargo.   

O padre já havia sido afastado das funções em março por conta de suas críticas ao papa Francisco, a quem chamava "apenas" de Jorge Mario Bergoglio, sem reconhecer seu papel de líder da Igreja Católica.   

"Após um atento exame e a prudente avaliação de toda a documentação sobre a solicitação proposta por organismos da Santa Sé, o arcebispo da Arquidiocese de Palermo, Corrado Lorefice, emanou o decreto de remoção do cargo de pároco da paróquia San Giovanni Bosco em Palermo", emitiu em nota a Arquidiocese.   

O caso de dom Minutella começou a chamar a atenção das autoridades religiosas no mês de março. Além de não reconhecer o papel do atual Pontífice, que afirma estar fazendo uma "onda progressista perigosa", o religioso disse receber "locuções interiores" da Virgem Maria.   

Quando afirmou que estava em "contato" com Nossa Senhora, o padre foi convocado a "ficar em silêncio" pelo bispo local, sendo "convidado" a se afastar da paróquia e ficar um período "de repouso".   

No entanto, a resposta de dom Minutelli não poderia ser mais inesperada: ele realizou uma missa, com transmissão pelo Facebook, onde se classificava de "padre rebelde".   

"Esta celebração entrará na história porque não obedeci. E vocês verão: serei suspenso 'a divinis' e reduzido em estado laico. Já vi esses documentos escritos. Mas, não temo as sanções porque para mim elas são uma honra", disse aos fiéis na última missa celebrada na paróquia. Após o "evento", ele foi afastado pela Arquidiocese.   

No entanto, após o anúncio da suspensão, dezenas de fiéis foram às redes sociais onde defendem o comportamento do religioso, definindo-o como um "mártir da verdade".   

Para o lugar de dom Minelli, foi indicado o padre don Pippo Russo. (ANSA)
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