Papa Francisco critica sistemas desiguais de aposentadorias
CIDADE DO VATICANO, 28 JUN (ANSA) - O papa Francisco fez um discurso nesta quarta-feira (28) em que criticou os sistemas de aposentadoria que privilegiam determinados grupos enquanto milhares de idosos precisam trabalhar por anos para ter o direito ao benefício.
Durante sua fala no XVIII Congresso Nacional da Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores (Cisl, na sigla em italiano), o Pontífice citou as "aposentadorias de ouro", que foram reveladas pela imprensa italiana recentemente, e que falam sobre os direitos "vitalícios" a determinados grupos de parlamentares.
"As 'aposentadorias de ouro' são uma ofensa ao trabalho e não menos graves do que as aposentadorias muito pobres porque fazem com que as desigualdades do tempo de trabalho tornem-se perenes", disse aos delegados da entidade.
Segundo Jorge Mario Bergoglio, é "urgente criar um novo pacto social para o trabalho, que reduza as horas da jornada de quem está no fim da temporada trabalhista para criar trabalho para os jovens que tem o direito-dever de trabalhar". O líder católico afirmou que é "uma sociedade tola e míope aquela que obriga os idosos a trabalhar por muito tempo e obriga uma geração inteira de jovens a não trabalhar quando deveriam fazer isso por eles e por todos".
Em um crítica aos sindicatos, o Papa mostrou a dualidade de quem está na organização.
"O capitalismo de nossos tempos não compreende o valor dos sindicatos porque esqueceu a natureza social da economia, das empresas, da vida, das ligações e dos pactos. Mas, talvez, a nossa sociedade não compreende os sindicatos porque não os veem lutar onde ainda 'não há direitos': nas periferias existenciais", disse Francisco.
Sobre o tema, ele ainda acrescentou que "nas sociedades capitalistas, os sindicatos tendem a perder sua natureza profética e tornarem-se muitos similares às instituições e aos poderes que deveriam criticar". "Os sindicatos, com o passar dos tempos, acabaram tornando-se muito parecidos com a política, ou melhor, com os partidos políticos, à sua linguagem e ao seu estilo. E se faltar a sua verdadeira dimensão, ele perde força e eficácia", acrescentou.
- Audiência Geral: Na última audiência geral antes de uma pausa do período de férias, perante 12 mil pessoas, o Papa Francisco voltou a criticar o terrorismo e a série de atentados terroristas realizadas ao redor do mundo.
"Causa repulsa aos cristãos a ideia de que os homens suicidas possam ser chamados de mártires. Eles não são mártires, não há nada no comportamento deles que possa ser próximo ao comportamento de filhos de Deus", disse aos fiéis.
Segundo Francisco, "nunca a violência deve ser usada para combater o mal" porque "não podemos compartilhar os mesmos métodos da maldade". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Durante sua fala no XVIII Congresso Nacional da Confederação Italiana dos Sindicatos de Trabalhadores (Cisl, na sigla em italiano), o Pontífice citou as "aposentadorias de ouro", que foram reveladas pela imprensa italiana recentemente, e que falam sobre os direitos "vitalícios" a determinados grupos de parlamentares.
"As 'aposentadorias de ouro' são uma ofensa ao trabalho e não menos graves do que as aposentadorias muito pobres porque fazem com que as desigualdades do tempo de trabalho tornem-se perenes", disse aos delegados da entidade.
Segundo Jorge Mario Bergoglio, é "urgente criar um novo pacto social para o trabalho, que reduza as horas da jornada de quem está no fim da temporada trabalhista para criar trabalho para os jovens que tem o direito-dever de trabalhar". O líder católico afirmou que é "uma sociedade tola e míope aquela que obriga os idosos a trabalhar por muito tempo e obriga uma geração inteira de jovens a não trabalhar quando deveriam fazer isso por eles e por todos".
Em um crítica aos sindicatos, o Papa mostrou a dualidade de quem está na organização.
"O capitalismo de nossos tempos não compreende o valor dos sindicatos porque esqueceu a natureza social da economia, das empresas, da vida, das ligações e dos pactos. Mas, talvez, a nossa sociedade não compreende os sindicatos porque não os veem lutar onde ainda 'não há direitos': nas periferias existenciais", disse Francisco.
Sobre o tema, ele ainda acrescentou que "nas sociedades capitalistas, os sindicatos tendem a perder sua natureza profética e tornarem-se muitos similares às instituições e aos poderes que deveriam criticar". "Os sindicatos, com o passar dos tempos, acabaram tornando-se muito parecidos com a política, ou melhor, com os partidos políticos, à sua linguagem e ao seu estilo. E se faltar a sua verdadeira dimensão, ele perde força e eficácia", acrescentou.
- Audiência Geral: Na última audiência geral antes de uma pausa do período de férias, perante 12 mil pessoas, o Papa Francisco voltou a criticar o terrorismo e a série de atentados terroristas realizadas ao redor do mundo.
"Causa repulsa aos cristãos a ideia de que os homens suicidas possam ser chamados de mártires. Eles não são mártires, não há nada no comportamento deles que possa ser próximo ao comportamento de filhos de Deus", disse aos fiéis.
Segundo Francisco, "nunca a violência deve ser usada para combater o mal" porque "não podemos compartilhar os mesmos métodos da maldade". (ANSA)
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