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Caso de jornalista sueca morta em submarino choca Europa

23/08/2017 12h32

ROMA, 23 AGO (ANSA) - A morte da jornalista Kim Wall, desaparecida desde o dia 10 de agosto, está chocando os moradores da Dinamarca após as autoridades revelarem que um corpo encontrado em partes em uma praia do país pertencia à repórter.   

Ontem (22), um ciclista encontrou um torso humano na ilha de Amager, ao sul de Copenhagen, e denunciou às autoridades. Um teste de DNA confirmou que os restos mortais pertenciam à jornalista.   

Segundo os dados da autópsia divulgados hoje (23), os membros e a cabeça foram "deliberadamente" retirados do torso.   

Wall, 30 anos, era uma jornalista sueca que atuava de maneira independente e que já cobriu conflitos em diversos países, como Uganda e Coreia do Norte, para diversos jornais internacionais. No dia 10 de agosto, ela foi fazer uma pauta com um inventor dinamarquês chamado Peter Madsen, 46 anos, e teria embarcado no submarino criado pelo inventor.   

Como não enviou mais notícias, no dia seguinte, o companheiro e os familiares da repórter freelancer denunciaram o desaparecimento de Wall. Com as buscas em andamento, os agentes resgataram Madsen do mar de Oresund, entre a Dinamarca e a Suécia. Mas, o corpo de Wall não foi encontrado.   

O homem foi preso pela polícia local sob a acusação de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, mas nega as acusações. No entanto, ele apresentou duas versões diferentes sobre o caso.   

No primeiro, ele afirmou que a jornalista deixou o submarino por vontade própria. Depois, afirmou que ela morreu em um "incidente" na embarcação e que ele lançou o corpo dela no mar já sem vida.   

Os investigadores acreditam ainda que Madsen provocou o naufrágio no submarino, já que quando o equipamento foi resgatado do mar ele estava totalmente vazio. (ANSA)
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