Papa responde críticas de conservadores sobre exortação
CIDADE DO VATICANO, 28 SET (ANSA) - O papa Francisco defendeu sua exortação apostólica "Amoris laetitia" ("A alegria do amor") e disse que o texto mantém a "moral católica" durante uma entrevista dada à revista "Civiltá Cattolica". A matéria foi antecipada nesta quinta-feira (28) e foi dada por Jorge Mario Bergoglio durante sua visita recente à Colômbia.
O documento é alvo de muita polêmica entre as alas mais conservadoras e tradicionalistas da Igreja Católica, que chegaram a acusar Francisco de cometer "sete heresias" no texto e exigiram uma "correção". Entre os pontos mais criticados por eles, está a aceitação de que católicos divorciados e que casaram novamente devem receber a Eucaristia normalmente - o que para os conservadores, seria a aprovação do "adultério".
"Alguns sustentam que na 'Amoris laetitia' não existe a moral católica, ou muito menos, não há uma moral segura. Sobre isso, eu quero afirmar com clareza que mora da Amoris laetitia é 'tomista' [referente a São Tomás de Aquino]", disse à publicação.
"Aproveito essa pergunta para dizer uma coisa que acredito será dita por justiça, e também por caridade. De fato, ouço muitos comentários - respeitáveis, porque são ditos por filhos de Deus - mas, que são errados sobre a Exortação apostólica pós-sinodal.
Para entender o 'Amoris laetitia' é preciso ler de cima ao fundo. A começar pelo primeiro capítulo, para continuar com o segundo e assim seguir e refletir. E ler aquilo que foi dito no Sínodo", acrescentou lembrando do Sínodo das Famílias, que antecedeu o documento.
Bergoglio segue afirmando que afirma isso para "ajudar" aqueles que acreditam que a "moral é algo puramente casuístico". O líder católico segue afirmando que se inspirou na maneira que Jesus pregava porque ele "fazia teologia a partir da realidade" das pessoas de sua época e que sempre "buscava o diálogo".
"Sempre é preciso o diálogo com a realidade porque não se pode fazer teologia com uma mesa de logaritmos. A teologia de Jesus era a coisa mais real de todas, partia da realidade e se elevava até o Pai. Partia de uma semente, de uma parábola, de um fato e Ele o explicava. Jesus queria fazer uma teologia profunda, e a grande realidade sempre é o Senhor", acrescentou.
O argentino ainda destacou que para ser um bom teólogo é preciso ir além dos estudos e da dedicação, sendo necessário "ser esperto, ouvir a realidade e, sobretudo, é preciso refletir de joelhos porque um homem que não reza, uma mulher que não reza, não pode ser um teólogo ou uma teóloga". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O documento é alvo de muita polêmica entre as alas mais conservadoras e tradicionalistas da Igreja Católica, que chegaram a acusar Francisco de cometer "sete heresias" no texto e exigiram uma "correção". Entre os pontos mais criticados por eles, está a aceitação de que católicos divorciados e que casaram novamente devem receber a Eucaristia normalmente - o que para os conservadores, seria a aprovação do "adultério".
"Alguns sustentam que na 'Amoris laetitia' não existe a moral católica, ou muito menos, não há uma moral segura. Sobre isso, eu quero afirmar com clareza que mora da Amoris laetitia é 'tomista' [referente a São Tomás de Aquino]", disse à publicação.
"Aproveito essa pergunta para dizer uma coisa que acredito será dita por justiça, e também por caridade. De fato, ouço muitos comentários - respeitáveis, porque são ditos por filhos de Deus - mas, que são errados sobre a Exortação apostólica pós-sinodal.
Para entender o 'Amoris laetitia' é preciso ler de cima ao fundo. A começar pelo primeiro capítulo, para continuar com o segundo e assim seguir e refletir. E ler aquilo que foi dito no Sínodo", acrescentou lembrando do Sínodo das Famílias, que antecedeu o documento.
Bergoglio segue afirmando que afirma isso para "ajudar" aqueles que acreditam que a "moral é algo puramente casuístico". O líder católico segue afirmando que se inspirou na maneira que Jesus pregava porque ele "fazia teologia a partir da realidade" das pessoas de sua época e que sempre "buscava o diálogo".
"Sempre é preciso o diálogo com a realidade porque não se pode fazer teologia com uma mesa de logaritmos. A teologia de Jesus era a coisa mais real de todas, partia da realidade e se elevava até o Pai. Partia de uma semente, de uma parábola, de um fato e Ele o explicava. Jesus queria fazer uma teologia profunda, e a grande realidade sempre é o Senhor", acrescentou.
O argentino ainda destacou que para ser um bom teólogo é preciso ir além dos estudos e da dedicação, sendo necessário "ser esperto, ouvir a realidade e, sobretudo, é preciso refletir de joelhos porque um homem que não reza, uma mulher que não reza, não pode ser um teólogo ou uma teóloga". (ANSA)
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