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Totò Riina é enterrado ao lado de outros mafiosos italianos

22/11/2017 07h41

CORLEONE, 22 NOV (ANSA) - O corpo do chefão mafioso da Cosa Nostra, Salvatore "Totò" Riina, foi enterrado no fim da manhã desta quarta-feira (22) no cemitério de sua cidade natal, Corleone, no sul da Itália.   

O enterro, que não contou com um funeral, foi acompanhado pela viúva de Riina, Ninetta Bagarella, e por três dos quatro filhos - Maria Concetta, Lucia e Salvatore. O mais novo, Giovanni, cumpre pena de prisão perpétua.   

Apesar da proibição para um funeral público, o padre Giuseppe Gentile, pároco da igreja Maria Santíssima das Graças, deu uma benção no corpo a pedido da família. Como o papa Francisco excomungou todos os mafiosos, e Riina nunca mostrou arrependimento, não houve a tradicional celebração religiosa no cemitério.   

O esquema de segurança no local foi reforçado e o cemitério permanecerá fechado para o público até esta quinta-feira (23). Os parentes do "chefe dos chefes" não falaram com a imprensa após o enterro.   

Riina foi enterrado próximo de outros líderes de clãs da Cosa Nostra - e também de algumas de suas vítimas mais famosas. Entre os primeiros, o túmulo fica próximo dos aliados e amigos Francesco Paolo Leggio e Bernardo Provenzano. O local também fica próximo ao "descanso final" do primeiro prefeito socialista de Corleone, Bernardino Verro, e do empresário Francesco Coniglio, ambos assassinados pela Cosa Nostra.   

O mais sanguinário dos chefes mafiosos, que foi condenado a 26 penas de prisão perpétua pelo assassinato de mais de 100 pessoas, morreu na última sexta-feira (17), após passar 10 dias internados na UTI da ala de detentos do hospital de Parma.   

O corpo dele passou por autópsia no dia seguinte para determinar a causa da morte, mas Riina sofria com problemas renais.   

Riina ficou muito conhecido por implantar um período de terror na Sicília, com dezenas de atentados contra magistrados e rivais. Entre os assassinatos ordenados por ele, estão as mortes dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, líderes de ações judiciais contra a Cosa Nostra. (ANSA)
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