Lula diz que não teme ser preso na Lava Jato
SÃO PAULO, 21 DEZ (ANSA) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (20), em sua primeira entrevista coletiva depois de vários anos, que não teme ser preso, não quer mais ser visto como um "radical" e recorrerá a todas as instâncias do Judiciário para disputar à Presidência em 2018.
"Eu não vou ser mais radical. Estão dizendo que estou mais radical. Não tenho cara de radical nem o radicalismo fica bem em mim. Estou é mais sabido", disse Lula, que recebeu 12 jornalistas para um café da manhã na sede do Instituto Lula. Liderando as pesquisas de intenção de voto, o petista concedeu uma entrevista de duas horas e meia uma semana depois de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento que pode deixá-lo inelegível.
Lula tentou demonstrar bom humor e afirmou que a Justiça "não pode impedir um velhinho com tesão de 20 anos de ser candidato"."Eu não posso estar mal humorado porque sou corintiano e estou em primeiro lugar em todas as pesquisas".
Além disso, o ex-chefe de Estado reiterou diversas vezes que é inocente e desafiou a Lava Jato a apresentar provas de que ele é dono do triplex no Guarujá. Lula também disse que não tem medo de ser preso, mas vai usar todos os recursos judiciais para garantir o direito de ser candidato. "Não quero passar para a história como um inocente condenado", afirmou o petista, ressaltando que "a única chance que tenho é pedir provas. Não é possível que alguém seja dono de uma coisa que não é dono", completou. O ex-presidente, que foi condenado a nove anos e seis meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, criticou a operação Lava Jato e disse não ter medo de ser preso. "Eu não penso. Não penso porque acho que preso só pode ir quem cometeu um crime", disse.
Em relação à onda de ódio, que segundo ele, afetou o debate político, Lula prometeu pacificar o país. Estou convencido de que é possível ganhar as eleições e juntar um grupo de pessoas sérias neste País. "Está cada vez mais difícil, mas é possível juntar empresários que ainda pensam neste país", afirmou. O petista ainda defendeu a retomada da política de valorização do salário mínimo, o papel do Estado como investidor e indutor do crescimento, a expansão do crédito, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos e a federalização do ensino médio. Lula também demonstrou pragmatismo ao falar das alianças que pretende fazer ara garantir a governabilidade, caso vença as eleições. "Se você não tem [maioria] sozinho nem com seus aliados você tem que compor com quem está lá. E pode fazer acordos programáticos, não tem que fazer acordo toma lá dá cá", disse Lula, citando como exemplo positivo a aliança com o PMDB do presidente Michel Temer. Além de grandes jornais brasileiros e estrangeiros, o encontro reuniu jornalistas de blogs e sites de esquerda. No final, Lula voltou a defender a regulação da mídia por meio de uma proposta elaborada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Eu não vou ser mais radical. Estão dizendo que estou mais radical. Não tenho cara de radical nem o radicalismo fica bem em mim. Estou é mais sabido", disse Lula, que recebeu 12 jornalistas para um café da manhã na sede do Instituto Lula. Liderando as pesquisas de intenção de voto, o petista concedeu uma entrevista de duas horas e meia uma semana depois de o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento que pode deixá-lo inelegível.
Lula tentou demonstrar bom humor e afirmou que a Justiça "não pode impedir um velhinho com tesão de 20 anos de ser candidato"."Eu não posso estar mal humorado porque sou corintiano e estou em primeiro lugar em todas as pesquisas".
Além disso, o ex-chefe de Estado reiterou diversas vezes que é inocente e desafiou a Lava Jato a apresentar provas de que ele é dono do triplex no Guarujá. Lula também disse que não tem medo de ser preso, mas vai usar todos os recursos judiciais para garantir o direito de ser candidato. "Não quero passar para a história como um inocente condenado", afirmou o petista, ressaltando que "a única chance que tenho é pedir provas. Não é possível que alguém seja dono de uma coisa que não é dono", completou. O ex-presidente, que foi condenado a nove anos e seis meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, criticou a operação Lava Jato e disse não ter medo de ser preso. "Eu não penso. Não penso porque acho que preso só pode ir quem cometeu um crime", disse.
Em relação à onda de ódio, que segundo ele, afetou o debate político, Lula prometeu pacificar o país. Estou convencido de que é possível ganhar as eleições e juntar um grupo de pessoas sérias neste País. "Está cada vez mais difícil, mas é possível juntar empresários que ainda pensam neste país", afirmou. O petista ainda defendeu a retomada da política de valorização do salário mínimo, o papel do Estado como investidor e indutor do crescimento, a expansão do crédito, a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos e a federalização do ensino médio. Lula também demonstrou pragmatismo ao falar das alianças que pretende fazer ara garantir a governabilidade, caso vença as eleições. "Se você não tem [maioria] sozinho nem com seus aliados você tem que compor com quem está lá. E pode fazer acordos programáticos, não tem que fazer acordo toma lá dá cá", disse Lula, citando como exemplo positivo a aliança com o PMDB do presidente Michel Temer. Além de grandes jornais brasileiros e estrangeiros, o encontro reuniu jornalistas de blogs e sites de esquerda. No final, Lula voltou a defender a regulação da mídia por meio de uma proposta elaborada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso. (ANSA)
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