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Com racha com minoria,PD fecha lista de candidatos na Italia

27/01/2018 11h16

ROMA, 27 JAN (ANSA) - Com atrasos e polêmicas em torno da lista de candidatos para as eleições legislativas de março, o governista Partido Democrático (PD) fechou a lista de seus nomes para a disputa do pleito na madrugada deste sábado (27).   

A votação, cujo resultado foi divulgado apenas às 4h30 (1h30 no horário de Brasília), teve a abstenção dos votos da chamada "minoria", que vive em pé de guerra com o secretário da sigla, Matteo Renzi, desde quando ele era premier.   

Os nomes foram aprovados após uma conversa com dois dos principais líderes de movimentos minoritários dentro da sigla - Michele Emiliano e o ministro da Justiça, Andrea Orlando. Esse último não escondeu a frustração com o processo de escolha.   

"Eu soube onde era candidato na noite de ontem, na apresentação das candidaturas. Essa é a razão pela qual nós pedimos uma suspensão da votação para poder avaliar as propostas que não conhecíamos. Mas, acredito que não seja a hora de fazer polêmica e cada um deve fazer a escolha que achar mais justa. No entanto, precisamos começar a fazer a campanha eleitoral", disse Orlando após as polêmicas da noite e madrugada.   

Por sua vez, Renzi destacou que essa é a "experiência mais devastante" porque "nós recebemos vários nãos, sendo que alguns deles me fizeram mal porque eram pessoas com quem fizeram parte da caminhada conosco".   

"A passagem de compor as listas é sempre difícil. A lei eleitoral tem seus efeitos positivos, mas a decisão das listas é um mecanismo verdadeiramente complicado. Depois de 48 horas de trabalho ou um pouco mais digo que os outros sistemas eleitorais permitiam escolhas mais simples. Todavia é um trabalho que fizemos com muita responsável. Mas, essa é uma das piores experiências do ponto de vista pessoal", disse o ex-premier italiano.   

- Conheça alguns dos principais nomes para a disputa pelo PD: Renzi será candidato, como anunciado, no colégio uninominal de Florença para o Senado e em duas listas plurinominais, na Campânia e na Úmbria. Já o atual premier, Paolo Gentiloni, concorrerá ao colégio de Roma 1 para a Câmara dos Deputados e estará em duas listas proporcionais nas Marcas e na Sicília.   

A ex-ministra e atual subsecretária para a Presidência do Conselho de Ministros, Maria Elena Boschi, correrá para a Câmara no colégio uninominal de Bolzano; a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzi, será candidata à Câmara no colégio de Módena; o ministro dos Bens Culturais, Dario Franceschini, também disputará vaga como deputado por Ferrara, e ministro dos Transportes, Graziano Delrio disputará para ser deputado no Reggio-Emilia.   

Ainda para a Câmara, a ministra para Administração Pública, Marianna Madia, concorrerá para Roma 2, equanto o ministro do Interior, Marco Minitti, disputará a vaga por Pesaro. Já o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, disputa por Siena e o ex-líder do PD Matteo Orfini corre por Torre Angela. (ANSA)
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