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Turim vive cenas de 'guerrilha' em protesto antifascista

23/02/2018 11h06

TURIM, 23 FEV (ANSA) - A cidade de Turim, no norte da Itália, viveu cenas de guerrilha urbana na noite de ontem (22), com enfrentamentos entre policiais e manifestantes antifascistas. A confusão começou quando manifestantes tentavam chegar ao NH Hotel entre a via Bolzano e a via Vinzaglio, onde o líder do partido político neofascista CasaPound, Simone Di Stefano, discursava.   

Os manifestantes, que eram cerca de 500 pessoas, lançaram bombas, pedras e artefatos contra a polícia, que reagiu com canhões de água e gás lacrimogêneo. Ao menos duas pessoas foram detidas e seis policiais ficaram feridos. Participaram do protesto jovens estudantes, militantes sociais, ativistas e grupos anarquistas.   

"É um fato gravíssimo", disse uma fonte do Palácio do Viminale.   

O ministro do Interior, Marco Minniti, negou, por sua vez, a possibilidade de uma "violência generalizada" no cenário político, ás vésperas das eleições legislativas de 4 de março.   

"Nós temos uma capacidade e uma força da nossa democracia que permitem dizer, com certa serenidade, que estamos em condições de enfrentar as campanhas eleitorais, que são o coração da democracia. Como tais, as eleições devem ser garantidas respeitando o princípio da liberdade e da segurança", comentou. Nos últimos meses, movimentos neofascistas e de extrema-direita ganharam força na Itália, com vários episódios de ataques e manifestações. Por outro lado, também foram convocados protestos antifascistas que reuniram centenas de pessoas.   

O clima polarizado se intensificou devido às eleições legislativas de 4 de março, quando a Itália elegerá um novo Parlamento e, consequentemente, um novo governo. Ontem, ao menos três episódios envolvendo confrontos com fascistas foram registrados no país.   

O líder do também movimento de extrema-direita Liga Norte, Matteo Salvini, criticou o protesto. "Esses jovens fizeram iso em Turim porque, quando chegam em casa à noite, ninguém reage a nada. Se o pai ou a mãe obrigasse a pagar pelos danos, da próxima vez eles ficariam em casa, estudando". (ANSA)
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