M5S exige Di Maio como primeiro-ministro e irrita Salvini
ROMA, 27 MAR (ANSA) - As negociações oficiais para a formação do novo governo da Itália sequer começaram, mas já surgiram as primeiras rusgas entre os dois partidos mais cotados para assumir o comando do país: Movimento 5 Estrelas (M5S) e Liga.
E as divergências giram em torno de um ponto, a cadeira de primeiro-ministro. Em entrevista à emissora "Rai", o secretário do partido ultranacionalista, Matteo Salvini, criticou a intransigência do líder da legenda antissistema, Luigi Di Maio, que não quer abrir mão da prerrogativa de guiar o próximo governo.
A postura de Di Maio se deve ao resultado das eleições de 4 de março, quando o movimento obteve 32% dos votos e se tornou o partido mais popular do país, embora tenha ficado atrás dos 37% registrados pela coalizão de direita, da qual faz parte a Liga.
"Se Di Maio afirma 'ou eu premier ou nada', não é o modo certo de começar. Se Di Maio diz 'ou eu ou ninguém', ele erra, porque hoje é ninguém. Ele não pode governar dizendo isso, que discussão que haveria?", declarou Salvini, que também pleiteia o posto de primeiro-ministro, já que seu partido foi o mais votado dentro da aliança conservadora, com 17%.
Di Maio ignorou a crítica do secretário da Liga e mostrou que não cederá. "O premier deve ser a expressão da vontade popular.
17% dos italianos votaram em Salvini para premier, mais de 32% votaram no M5S e em seu candidato a premier [ele próprio]. Não digo isso por uma questão pessoal, é uma questão de credibilidade da democracia", justificou o líder antissistema.
As consultas dos partidos com o presidente Sergio Mattarella devem começar na próxima semana e, como ninguém tem maioria para governar sozinho, alguém terá de abrir mão do posto de primeiro-ministro - até porque o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, que também poderia garantir uma maioria parlamentar, não está disposto a apoiar o M5S ou a Liga. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
E as divergências giram em torno de um ponto, a cadeira de primeiro-ministro. Em entrevista à emissora "Rai", o secretário do partido ultranacionalista, Matteo Salvini, criticou a intransigência do líder da legenda antissistema, Luigi Di Maio, que não quer abrir mão da prerrogativa de guiar o próximo governo.
A postura de Di Maio se deve ao resultado das eleições de 4 de março, quando o movimento obteve 32% dos votos e se tornou o partido mais popular do país, embora tenha ficado atrás dos 37% registrados pela coalizão de direita, da qual faz parte a Liga.
"Se Di Maio afirma 'ou eu premier ou nada', não é o modo certo de começar. Se Di Maio diz 'ou eu ou ninguém', ele erra, porque hoje é ninguém. Ele não pode governar dizendo isso, que discussão que haveria?", declarou Salvini, que também pleiteia o posto de primeiro-ministro, já que seu partido foi o mais votado dentro da aliança conservadora, com 17%.
Di Maio ignorou a crítica do secretário da Liga e mostrou que não cederá. "O premier deve ser a expressão da vontade popular.
17% dos italianos votaram em Salvini para premier, mais de 32% votaram no M5S e em seu candidato a premier [ele próprio]. Não digo isso por uma questão pessoal, é uma questão de credibilidade da democracia", justificou o líder antissistema.
As consultas dos partidos com o presidente Sergio Mattarella devem começar na próxima semana e, como ninguém tem maioria para governar sozinho, alguém terá de abrir mão do posto de primeiro-ministro - até porque o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, que também poderia garantir uma maioria parlamentar, não está disposto a apoiar o M5S ou a Liga. (ANSA)
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